quarta-feira, 18 de julho de 2007

mistura


'Eu não quero essas pessoas tocando nada que é meu!
Não! Eu to maluco, entendeu?
É patético, eu sei...é patético tudo o que eu faço.
Tudo o que eu penso em fazer e não faço.
Verdade é que eu sou um fraco mesmo, viu...
Eu sou aquele cara que fez tudo certinho,
Tudo como manda o figurino, para sustentar sua bela e adorável família!
Porra! Não quero festa aqui na minha casa! Não quero bebidas nem drogas!
Nada disso na minha casa, não quero que relacionem meu nome, meu prestígio,
A essa imundice que vocês fazem por aí! Aqui não!
É bom que isso fique bem claro agora para que eu não tenha que repetir.
E não saiam por aí dançando “Can´t touch this”!
Peço que me respeitem, por favor. Me respeitem! Por favor!
Obrigado, confesso.
Fico até um pouco...é...é.....desconcertado numa situação dessas.
Não queria atrapalhar, mas...por favor, não toquem em nada do que é meu.
Vocês podem sujar, melar, rasgar, quebrar, perder, roubar. Roubar!
Quer dizer, desculpa, às vezes não controlo o que falo.
Sei me controlar, mas às vezes. Quase sempre me controlo.
Toda hora não, mas sinto coisas estranhas, como espasmos que vêm do abdome e correm para as extremidades do corpo vivo. Um ataque.
Ahhhh!!! Seus cretinos!!! Estão me enrolando esse tempo todo, não é mesmo?
Eu disse que não quero ver ninguém fazendo festa aqui na minha casa.
Ninguém vai tocar meu violão, e eu não empresto nada. Nada! Principalmente livro.
Eu não empresto nenhum livro que eu tenha roubado, e muito menos livro do Tchekhov!
Detesto pobre...ô racinha safada, sinto até nojo às vezes. Nojo de encostar, nojo de olhar, me sinto mal de ver tanta gente nojenta no mundo, nesse mundo nojento.
Merda! O relógio velho daqui de casa parou há tanto tempo...
Só me resta mesmo calçar os velhos sapatos pretos de sempre. Eu vou para a rua.
E ninguém, eu disse ninguém vai tocar em nada meu. Não encostem um dedo no meu violão, nem na minha guitarra, porra se encostar na guitarra eu mato! Nem no teclado, nada, nada!!! Por favor, tirem os sapatos, se os pés estiverem mais limpos.
Vou sair. Deu fome. Vou comer. Odeio queijo creme. Puta, odeio! Cadê o pão sírio?
O que? Eu nunca comprei pão sírio! Não sei o que me acontece, me sinto apertado.
Não posso. Teatro. Foda-se. É tudo igual, talvez eu sente, talvez eu levante e fique aqui, como um macaco, me apresentando num circo de humanos. E aí? Vocês saem daqui mudados? Comem no Mc Donald´s? Trepam com vontade? Não, não, não me fala, não me fala! Melhor eu ir embora. Dói ouvir certas histórias, me lembro quando era jovem.
Eu? Não, pelo contrário, não fiz nada e agora sei que nunca mais. Por isso dói.
Mas foda-se, daqui a pouco eu vou embora. Não espero nada, eu quero morrer.'

domingo, 15 de julho de 2007



Vendedor de jornal no trânsito, em Del Castilho.
Estava eu aqui pensando com a minha mente e reparei a seguinte coisa eu tava escrevendo direto com muitas vírgulas e de repente comecei a achar isso muito estranho quase esnobe de ficar colocando vírgula em muitos lugares do texto vejam só lugares do texto desde quando existem lugares no texto?
Mas é muita pretensão de gente chique mesmo não é ficar pensando se coloca a vírgula ou se coloca coloca aonde. O ponto final é importante porque marca assim como a vírgula ops me peguei num momento um pouco lesado e percebi numa idéia genial que o ponto tem a mesma importância da vírgula ou seja nenhuma caso encerrado
Vou metade
E assim, com dificuldade, vou errando.
Vou.
Se voar fosse o meu sonho,
Mas que simples a vida seria.
Bastaria um simples pássaro.
Coração
O órgão não, não diretamente,
O do amor, eu digo,
Digito só com uma mão.
Quatro
Fosse três ou cinco, tudo, nada, tanto faz.
Se é na hora de contar os dedos,
Quem não tem cinco em cada mão
Sabe dar valor a um segredo.

(NÃO)

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Este blog é muito bom. Sensacional. Fantástico. Sem comentários.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

"e a noite passa tão depressa" depressa, depressiva. depressão cem metros.
Hoje eu vou ler...vejamos...o horóscopo. Sim, o horóscopo me cai muito bem em dias como este. Ou quem sabe. Marta! Pega para mim aquelas revistas velhas em cima do armário! Rápido, antes que eu perca a idéia. Ela chegou tarde demais, a idéia já era apenas uma vaga lembrança morta. Marta estava morta, e fazia exatamente um ano.

Oba! Hoje eu vou comer pitiçá! de calabresa com cebola! Ih! Lembrei de uma coisa importante. Um resgate. Preciso ir. Preciso de ajuda. Forças emanem. coisas estranhas acontecem em dias aparentemente normais. dias muito estranhos, estranhos para valer. estranhos para valer.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Enquanto não escrevo tanto aqui, quer dizer, não digito.
Tenho sentido dor, e às vezes é bom e, no entanto, sucedo.
Cerca-se mesa em roda, hoje careta, polvilho, uma cerveja para cada.
E sente-se uma brisa de inverno soando baixo nos ouvidos, perto deles:
Não vamos nos encontrar, falou o pessimista. Ele já previa o pior, é claro.
Ele tinha certeza de que se encontrariam, e aquilo seria apenas um começo.
Veremos os momentos, viveremos, reveremos os momentos!
Tudo poderia acontecer. Lembra da bicicleta? Era uma bicicleta.
E certas meninas não se deram bem com ela. Acho que uma.
Outra foi feliz, e sentiu o toque do nariz no pescoço, o que não faz sentido.
Existe uma combinação exata entre menina e bicicleta. Talvez eu.

Um vazio, um... clima de frio no calor de inverno.
O erro completo após o acerto preciso. Espero o próximo...
Eu vi um morcego morto, no chão, estatelado. Foi noite passada.
Batman!

terça-feira, 10 de julho de 2007

antibióticos

E a segunda muda e nada muda, tudo. Outro mundo, se me permitem.
Permitem nada, eu não me permito ousar muitas vezes. Escrevo, por exemplo,
Com o dedo dolorido e inchado por alguma inflamação e mesmo assim, estou aqui. Escrevo. Não sei se faz sentido mas continuo, pois ainda não desisti, como um amigo.
O sombrio que leva o que não é bom para onde vai, um fantasma.
Estou falando besteiras, visto que me sinto bem e risonho, no fundo triste.
Quanta falta me faz o que não é mais, e vai ser. Um girassol em outras palavras, quando passava pela rua das flores, ia te comprar. Ainda bem que não achei nada tão elegante, e acabei me poupando da gafe extraordinária. E outro dia, pouco faz, passei por ela e senti que estava perto, mas tão longe, mais longe do que perto. Por enquanto vou lutar.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Ahhh...besteira! Ganhei...ganhei porra nenhuma. Peguei emprestado? Devolvo logo que posso. Sim, sim. Mas é inacreditávelmente acreditável. Ou o contrário. Parece, tenho a ligeira sensação de que deu tudo errado ontem, quarta. Pode parecer estranho, e é. Deu certo, foi interessante, diferente. Que mais? Aonde está o termômetro? Ah, brigadeiro mágico sem mágica, banana com aveia e mel, pão de queijo. suco de uva, água. Água. Tenho a impressão de ser um mero sonhador de olhar de longe, de ver a poesia passar para quem passa um filme, uma peça de teatro, um jogo de futebol. Temos que viver! Tenho que viver. Programar é inútil. Programação de fim de semana: não consigo imaginar, será que acabou tudo? acabou? Não pode. Alguma coisa aconteça, por favor. Peço. "E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado sobre nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." Romanos 5:5. Não sei se acontecerá o grande momento da minha vida agora. Vou dormir. Talvez sonhar. Digo isso novamente porque.

domingo, 1 de julho de 2007

Vupt

Nesta segunda, prepare-se.
Aventuras com um guerreiro mágico.
Por naturezas e árvores, folhagens e pele.

Gosto de mil. Não gosto de ninguém.
Sei o que é gostar, sei. E faço.
Me dou de cara no mundo, pois quero vida,

E traços de rastejos em nada, em poças de lama.
São inúteis, nada é inútil.
Que seja com a dor, a esquizofrenia.

Me desfaço, primeiro pele. Ela cai devagar.
Vão pelos e pelancas, e fica a carne que apodrece.
Ela demora muito para se desfazer.

Tudo se conquista, na luz.
No arroz, no fumo, no beijo, no olho.
A esfera sentimental em que me envolvo.

Estou sem pele, carne, tecidos e ossos.
Estou pronto para voar. Sou apenas o sentimento.
Eu sou apenas, e isso é muito, a experiência.
Eu nunca fui ao Egito, e aquela garrafa bonita não era minha. Era brincadeira. Uma coisa meio boba de tentar impressionar, não como cantada, mas como assunto. Enfim, acabou tudo, e tivemos que sair em certa pressa, pois o choro eminente quase brotava, mas no fim, não era nada. Bastava olhar alguma outra cara, o que não aconteceu. Lentamente acomodava em semblante algumas sombras, nem lembrava da bela tarde de teatro, como alguém chamou. E foi. Depois pensei que tudo pode atrapalhar. Um atraso, um cansaço, um incômodo, uma alfinetada. Por que será que há provocações? Isso acontece com pessoas que tem algo indefinido. É como se gostassem um do outro. Será que podiam? Estavam na vida, e isso era tudo o que importava. Quebrava-se assim qualquer regrinha boba, porque queremos ser felizes, no fim, no meio, agora. E eu me achei tão antiético, asqueroso, corrupto, ouvindo tantos elogios dirigidos ao meu ator. Ele não precisava. Quem precisava era eu homem, eu alma, eu pessoa, que seja. Pode ser que seja um começo. Quero tudo, quero tudo e a vida acaba assim.