quinta-feira, 27 de setembro de 2012

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

qualquer migalha é um banquete pra alma




Como pássaro que sou, sorrio e brinco.
Como pássaro que sou, abro o bico e canto
Ao céu, como quem tenta alcançar.

Como pássaro que sou, me atiro no abismo.
Voo mais alto que todos, mas quem vê?
Estão todos juntos, rente ao solo, olho ao chão.

Como pássaro que voa, nado no ar.
Criança, dou rasante, pra lá e pra cá,
Ao pôr-do-sol pinto uma tela sol de sombra.

Como pássaro que sou, te dou meu amor.
Meu canto, meu céu, não demore, pode vir.
Como pássaro que sou, amanhã ja não estarei mais aqui.


quinta-feira, 20 de setembro de 2012




Agora é andar e esquecer,
Deixar ao poder e agradecer o que foi,
O que é, o que será, e o que haveria de ser
Se o que foi não tivesse sido.
Achar que amor é dado em pedras,
Figura entreter os bobos despertos nas rodas iluminadas
Por lâmpadas coloridas e amarelas.
Crer que os bobos também a entretêm ao inverso.
Sugiro que se conecte. Com o universo, ah sim.
Tempo nunca dorme para quem vive dentro de
Uma enorme carcaça de ilusão.
Mas é possível parar o tempo.
E não é nenhuma atração bizarra, esse tropeçar
Nas palavras ao falar, não dominar o discurso.
Estar apenas em conexão com sua verdade e o
Sentimento do mundo*.
Acostumar com a ausência. De quem se ama.
É sentimento de uma tristeza profunda.
Sentimento de amor, vida, morte, e tudo.
Mais triste, só não se acostumar.


* O sentimento do mundo - CDA 
ter fé é não ter opção

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Gil, me daria agora aquele abraço?




Cão correndo caótico no
meio do chão
Da calçada, no meio da cidade, cuidado ao caminhar
Tudo tá um tanto tinto, tanto triste, tétano no telhado da vista,
Vá embora, volte vrum!
Um Peugeot está há dez segundos de qualquer amor


terça-feira, 11 de setembro de 2012

Eu não tenho ídolos.

sábado, 8 de setembro de 2012

Como cigarro carburando calmo cinzeiro





Se um cometa se acometesse a cometer um crime contra a calma
De um cidadão carioca, cegaria meus olhos cerrar cada corte certo como
Concreto de cimento cinza como o céu caduco.
Se páro em frente a ele, arrebata-me de ataques sutis,
De carinhos frágeis e mobilidades sonoras, planeta afora,
Metáforas de presente, um pente rente à cutis soa misteriosamente
Atabaques e ninhos de sementes de gente agora que adora toda hora que goza
Fora e diz vumbora que eu dou aula na próxima hora ou que diz
vou pegar o meu filho na escola (se demorar, o menino chora).
Chora menino, menina fora.
Faça um amor, organize comigo qualquer compromisso de um dia
Que um vislumbre de céu vibrante que anda suspeito
Meta-lhe as mãos nos peitos, aperte e ainda bem que foram as mãos!
Nada que eu me lembre bem, se bem que nem sei se bebi além de quem conheci
Ou achei no que vi alguém que eu quis mas não sei se me fiz de infeliz ou, simples assim,
Vigiei o que vi, e assim, o que sei é que não entendi o que quis ou porque foi, enfim,
Importante pra mim. (ter um fim)



terça-feira, 4 de setembro de 2012

Peço pelo que peço





Eu me sinto bem, agora. Gosto de despejar minhas palavras.
Dizem que as pessoas pedem por aquilo que mais lhes falta,
E não peço amor, pois já o sou.
Peço-lhe dinheiro, por favor.
Escrevo essas letras e sequencio formando blocos conhecidos,
De onde fala o sentido e significado do que vivo,
Sem haver significado nenhum
Que seja comum a todos os homens.
E não porque quero faturar faço isso, mas é forma maluca de interpretar
Aquilo que sinto, e se posso ganhar um trocado, por que não o fazer?
Peço-lhe por comida, afinal com essa minha preguiça, ainda tendo moedas,
Fico estendido numa cama ou cadeira, computador, violão, atriz, loira, leio…
Não preciso de paz. Não peço paz ao mundo, nem espero que me dêem.
A paz está dentro. Não existe paz, ela é palavra. Não há nada no blá blá blá.