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Roubaram a minha bicicleta!
Sim, aquela bicicleta velha, surrada, sem tinta, sem graça.
Aquela pela qual ninguém arriscaria ser preso.
Roubaram a minha bicicleta!
A minha companheira de guerra.
Participou da minha história,
Fica gravada na memória, a minha amada bicicleta.
Me levou tantas vezes, aquele quadro Caloi 100.
Roubaram o meu camelo!
Algum desses bandidinhos de merda
Magrelo, fedido e covarde.
O meu camelo, lembra? Roubaram!
Como vou descer a rua sem vento?
Roubaram a minha bike, nada a fazer.
Sobraram apenas um fantasma no bicicletário,
E a chave, meu deus, a chave do cadeado!
Vá, magrela, vá sem nome...
Arruma alguém que te dê um trato,
Te pinte de vermelho e faça uma reforma,
Daí quem sabe, será roubada de novo.
Vai rodar por aí, toda luxúria
Esbanjando beleza, sorrisos, felicidade
Mas no fundo saberá a verdade
Quem te mostrou o mundo, aventuras?
Roubaram a minha bicicleta.
Roubaram o meu vento.
Roubaram o meu camelo.
Roubaram o meu tempo.
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