escritos verídicos e inverídicos, imagens da vida e um espaço livre. [ considere ler de trás pra frente ]
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Que dúvidas fiquem.
Acordei acho que 12:45, ou algo perto disso.
De frente para a mesa de cabeceira que não existe
Em meu quarto, posso achar a escova com que vou
Escovar minha barba. Me invoco com meus pensamentos.
Ora me deixam solto, com vontades de criança, de jovem,
Ora me deixam velho, rançoso e coerente com o inútil esmo.
Bá, que exagero! Olha só quem tá falando em pensamento!
Mas que coisa, eu sei me comportar exatamente!
Bom, então me arrumei como um cavalheiro
Fui e voltei do banheiro para ver se estava de acordo
Com meu bom gosto de sempre. Estava. Fui trabalhar.
Peguei meu ônibus. Tenho carro, um carro do ano passado,
Não vou fazer propaganda, mas deixo-o na garagem.
Meio ambiente! Meio ambiente! Só de pensar neste
Ar e nesses prédios feios que me deixam doente!
Fui e voltei do trabalho, o qual não revelarei neste manifesto,
E cheguei de volta
Fui à geladeira. Na intenção de comer um sanduíche de queijo,
Talvez com ovo e algum outro frio, abri a porta e me deparei com
Arroz, peixe, farofa, enfim, comida. Comi. Comi comida. Comi
Arroz, peixe, farofa, enfim, comida. Comi. Comi comida. Comi.
E depois dormi. No dia seguinte a mesma coisa.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Urgente.
As buzinas que infestam nosso ambiente
sabem que é de dor que sofre o corpo.
E meia dúzia de balzaquianos idiotas
tentando impedir que alguém fosse visto por um médico
em hora de grande desespero, uma alergia perigosíssima!
Quatro anos se passaram.
Não me lembro de nada.
O que foi 2005 para mim?
Não me lembro de nada, realmente.
E o corre-corre de transeuntes
manuseia meu espírito e o entorta
de uma forma estranha, que logo me leva
a sentir incômodo de estar ali, de pé, naquele lugar.
Ah sim! Lembrei.
O ano em que conheci o teatro.
Também o ano em que ganhei um celular
que, por incrível que pareça, uso até hoje.
O que você disse mesmo?
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terça-feira, 1 de setembro de 2009
Controle
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Controle tem medidas.
Têm me dito, eles, que tudo é aflição.
Coragem!
Medo é normal, não pode é parar.
Que tal uma dança em som invisível?
Inaudível.
Peças fundamentais do calcanhar patriota.
Hino nacional, eu cantei com o coral.
Agora vamos, mundo pequeno.
Mostre-me tudo, inclusive as mazelas.
Do coração só brota amor, branquinhas,
Gordinhas, morenas e magrelas.
Que tal uma festa, uma festa daquelas?
Uma merda.
Santinhas cantam, outras expressam
O que sentem sob encanto da música.
E o corpo mexe. O movimento é que é.
Festa em silêncio, ou quase.
Música, melhor não.
Ficamos nas mãos das rádios.
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