sexta-feira, 3 de junho de 2011

porque eu também tenho o direito





Um dia uma luz me interrompeu os sapatos
e abençoou o meu corpo.
e o copo cristalino que bailava na quina da mesa
agora caía numa velocidade baixíssima, tão baixa que
pude soltar ar quente da boca para fazer o vidro do copo embaçar
e ali escrevi dois nomes, com o dedo indicador riscado sobre o suor coporal,
antes do copo expandir-se contra o chão de cimento, para nunca mais se reencontrar

.

Um comentário:

Natasha Pinto disse...

tenho esta pendurada no meu quarto, sabia? bonito o texto, eu gosto.