Corro nu pela manhã.
Ela corre comigo, vasta e limpa
me devasta o pensamento
Ouço pássaros sonando.
Quiça falando entre eles, cada um
na sua espécie, e nós não.
Pelo tato que me entende,
pelos olhos que me despem,
sangro lágrimas de sal.
Sobre a secura da terra seca
ergo minhas mãos e peço aos céus
por chuva.
Molha a minha cara.
varre minha poeira para baixo
dos tapetes da inexistência.
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