quarta-feira, 26 de novembro de 2008






Azulejo de cor de barro (Azulejo barrado)

Quando eu não satisfizer
As orelhas de algodão
Muitas pedras lá no chão
Cai cebola e Chevrolet

Nos rasgados couros nus
Que depilam o viaduto
Acerca forma-se reduto
De roedores quiçá urubus

Salvo instante de silêncio
Rompe o não e se desfaz
Mostra-se prosa em cartaz
Bonito feito o feio faz

Mestres dos piores vegetais
Soam longe, a metro-pombo
Fascínora age sem encontro
Encerra-se a vida, pleitos fatais

Canso de léguas tortas Mickey
Ávido olho esquerdo míope
Vejam: sabão. Serei hippie.
Pega o ladrão que roubou a Disney

Se aqui em casa tem feijão
O relógio continua
Come remédio, lambe a bula
Vai ficando mole, o chão

A queda não.

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