domingo, 1 de fevereiro de 2009

fim do plural

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O homem sente-se só.
Ele acorda do sono e cai.
Desce pelo elevador e não há óleo.

Espremido pelas paredes,
Teto e chão, as cadeiras podem cortar,
O sofá pode congelar.

A solidão avassala o corpo
E a atenção então se torna evidente
Para si.

Um dia, uma noite de homem extremamente solitário.
O único ser no planeta...
Negado.

O pastor se torna aviário.
Extraterrestre no pântano.
Cadeiras populares nas calçadas.

A bíblia e uma pinga.
Trapos de figurino real.
De vida.

Só e chamando, chamando...
Andando pelo corredor,
Preenche dias.

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4 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

E o naus? está na praia?

Fernanda Paixão disse...

nossa, que coincidência a solidão por aqui.

gostei do poema.

Rafael disse...

ainda não sei o que fazer com minhas naus. descobrirei.

vez em quando a solidão bebe por aqui, diz uma bobagem ou outra e vai embora. é uma aliada.