escritos verídicos e inverídicos, imagens da vida e um espaço livre. [ considere ler de trás pra frente ]
quinta-feira, 30 de abril de 2009
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"Não é monstruoso que esse ator aí,
Por uma fábula, uma paixão fingida,
Possa forçar a alma a sentir o que ele quer,
De tal forma que seu rosto empalidece,
Tem lágrimas nos olhos, angústia no semblante,
A voz trêmula, e toda sua aparência
Se ajusta ao que ele pretende? E tudo isso por nada!
Por Hécuba!
O que é Hécuba pra ele, ou ele pra Hécuba,
Pra que chore assim por ela? Que faria ele
Se tivesse o papel e a deixa da paixão
Que a mim me deram? Inundaria de lágrimas o palco.
E estouraria os tímpanos do público com imprecações horrendas,
Enlouquecendo os culpados, aterrorizando os inocentes,
Confundindo os ignorantes; perturbando, na verdade,
Até a função natural de olhos e ouvidos.
Mas eu..."*
*Hamlet em Hamlet, de William Shakespeare.
"Não é monstruoso que esse ator aí,
Por uma fábula, uma paixão fingida,
Possa forçar a alma a sentir o que ele quer,
De tal forma que seu rosto empalidece,
Tem lágrimas nos olhos, angústia no semblante,
A voz trêmula, e toda sua aparência
Se ajusta ao que ele pretende? E tudo isso por nada!
Por Hécuba!
O que é Hécuba pra ele, ou ele pra Hécuba,
Pra que chore assim por ela? Que faria ele
Se tivesse o papel e a deixa da paixão
Que a mim me deram? Inundaria de lágrimas o palco.
E estouraria os tímpanos do público com imprecações horrendas,
Enlouquecendo os culpados, aterrorizando os inocentes,
Confundindo os ignorantes; perturbando, na verdade,
Até a função natural de olhos e ouvidos.
Mas eu..."*
*Hamlet em Hamlet, de William Shakespeare.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Camilla,
.
a angústia da decisão é fria. Cruel.
mas quando decidimos, fazemos uma escolha.
e quando fazemos uma escolha,
somos livres.
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a angústia da decisão é fria. Cruel.
mas quando decidimos, fazemos uma escolha.
e quando fazemos uma escolha,
somos livres.
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terça-feira, 28 de abril de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
Flor das Águas (Marcha)*
Flor das águas
de onde vens, para onde vais
Vou fazer a minha limpeza
No coração está meu Pai
A morada do meu PaiÉ no coração do mundo
Onde existe todo amor
E tem um segredo profundo
Este segredo profundo
Está em toda humanidade
Se todos se conhecerem
Aqui dentro da verdade
* Mestre Irineu - Cruzeirinho
http://www.juramidam.jor.br/mensageiro/mp3/10_flor_das_aguas.mp3
do processo.
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escrevo.
escrevo quando não há nada para se fazer além de escrever.
o vazio foi embora. eu fiquei, embora não esteja cheio.
penso.
penso quando nao há nada para se sentir, além de sentido.
a palavra foi embora. ficaram fotografias, embora não escreva.
desenho.
desenho um rosto esquisito, no mouse touch pad.
é muito simples e bonito, embora o meu cause espanto.
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escrevo.
escrevo quando não há nada para se fazer além de escrever.
o vazio foi embora. eu fiquei, embora não esteja cheio.
penso.
penso quando nao há nada para se sentir, além de sentido.
a palavra foi embora. ficaram fotografias, embora não escreva.
desenho.
desenho um rosto esquisito, no mouse touch pad.
é muito simples e bonito, embora o meu cause espanto.
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sábado, 25 de abril de 2009
zeca
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você me conhece de perto.
sabe meu cheiro.
belisca minha barba
e diz que é loira.
eu não te vejo de frente
toco teu rosto quente
belisco teu beiço
com meus dentes
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você me conhece de perto.
sabe meu cheiro.
belisca minha barba
e diz que é loira.
eu não te vejo de frente
toco teu rosto quente
belisco teu beiço
com meus dentes
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mosquito.
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Que pensamos se matamos um mosquito
ou uma mosca?
Que somos os donos do mundo,
seres com permissão para matar?
Que pensamos se matamos o próximo,
ou mesmo o inimigo?
Que não nascemos nus
e criamos coragem?
Ah, matem mosquitos!
Que pensaria Deus, se nos matasse?
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Que pensamos se matamos um mosquito
ou uma mosca?
Que somos os donos do mundo,
seres com permissão para matar?
Que pensamos se matamos o próximo,
ou mesmo o inimigo?
Que não nascemos nus
e criamos coragem?
Ah, matem mosquitos!
Que pensaria Deus, se nos matasse?
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sexta-feira, 24 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
...
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a luz acende...e eu apago...
a luz acende...e eu apago...
-----
e os dias vão assim...
e as noites vão assim...
e as noites acendem...
e os dias apagam...
-----
e a luz acende...e eu apago...
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a luz acende...e eu apago...
a luz acende...e eu apago...
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e os dias vão assim...
e as noites vão assim...
e as noites acendem...
e os dias apagam...
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e a luz acende...e eu apago...
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terça-feira, 21 de abril de 2009
Corrida de qualquer coisa em qualquer lugar em qualquer tempo.*
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Um, dois, três e já!
Estou com pressa, aflito, querendo escrever algo bonito aqui, mas nada parece fluir do jeito que eu penso, então, simplesmente não penso. As palavras vão e são palavras vãs, estou ainda esquentando a água para ferver o amendoim, meu caro. Caro é o leite que no ano passado não passava de um real e cinquenta. Agora é hora de mudar isso tudo. Não serei um protestante, não serei um comunista, não serei um rastafari, não serei um metaleiro. Posso vestir a capa do mecânico que suja as mãos de graxa: eis um trabalhador, um homem que rala!
E já coloquei os itens no fogo, vão arder, arder, mais um pouco....deixar ferver é bom pois endurece o grão, tira-lhe a água e seca a essência. Vira um inapto "não". Vou tentar, vou fazer, vou poder, vou conseguir. Um dia, dois dias, três dias. O fim de semana na ilha vai me lembrar uma coisa meio arpoadorística, em Itaipuaçu, tudo fica longe. O metrô, O CCBB, os teatros, o cinema, as pessoas cariocas, mas não quero mais paulistas, não quero mais Paranaenses, nem Maranhenses. Em suma, poderia dizer que sou regionalista, mas além disso, poderia dizer que sou racista, e não haveria mal nisso. Não importa o que se pensa, importa o que se é, e se um coiote cruzar o meu caminho, não deixarei ele morrer, se assim tiver de fazer. Se olhar para o lado e a sombra negra me suspirar na nuca, serei o primeiro a levantar e dar-lhe uma surra. Não vou morrer assim tao fácil, hei de lutar. Hei de lutar. Sou um bicho danado.
*a pedidos.
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Um, dois, três e já!
Estou com pressa, aflito, querendo escrever algo bonito aqui, mas nada parece fluir do jeito que eu penso, então, simplesmente não penso. As palavras vão e são palavras vãs, estou ainda esquentando a água para ferver o amendoim, meu caro. Caro é o leite que no ano passado não passava de um real e cinquenta. Agora é hora de mudar isso tudo. Não serei um protestante, não serei um comunista, não serei um rastafari, não serei um metaleiro. Posso vestir a capa do mecânico que suja as mãos de graxa: eis um trabalhador, um homem que rala!
E já coloquei os itens no fogo, vão arder, arder, mais um pouco....deixar ferver é bom pois endurece o grão, tira-lhe a água e seca a essência. Vira um inapto "não". Vou tentar, vou fazer, vou poder, vou conseguir. Um dia, dois dias, três dias. O fim de semana na ilha vai me lembrar uma coisa meio arpoadorística, em Itaipuaçu, tudo fica longe. O metrô, O CCBB, os teatros, o cinema, as pessoas cariocas, mas não quero mais paulistas, não quero mais Paranaenses, nem Maranhenses. Em suma, poderia dizer que sou regionalista, mas além disso, poderia dizer que sou racista, e não haveria mal nisso. Não importa o que se pensa, importa o que se é, e se um coiote cruzar o meu caminho, não deixarei ele morrer, se assim tiver de fazer. Se olhar para o lado e a sombra negra me suspirar na nuca, serei o primeiro a levantar e dar-lhe uma surra. Não vou morrer assim tao fácil, hei de lutar. Hei de lutar. Sou um bicho danado.
*a pedidos.
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segunda-feira, 20 de abril de 2009
da democracia.
É. A vida não é democrática. Também não é justa. Tenho algo entranhado em mim, um senso de justiça. Me é estranha a lembrança de qualquer episódio específico em minha duvidosa história pessoal, que possa explicar este senso de justiça. Ele é totalmente claro, exposto às tripas em meus textos, na minha escrita. Em como eu me sinto, muitas vezes "superior" a tudo isto. As aspas justificam (sempre a justiça) uma diferença, digo, não carrega nenhum valor moral. Portanto, quando digo a palavra "superior", poderia estar dizendo "inferior","arca", ou "sorvete de caju".
Todos os dias que saio para a rua, me deparo com situações que me fazem pensar. Às vezes penso, às vezes não. Hoje eu tenho a sensação de estar deprimido, e isto é um luxo. O Roberto Carlos, por exemplo, está celebrando 50 anos de carreira, numa enorme festa em sua cidade natal - Cachoeiro de Itapemirim. Será que ele está melhor do que eu? Quando digo "eu", não me refiro pessoalmente a mim. Poderia dizer "eu" como digo "você". Não há democracia em lugar nenhum, chego à conclusão. O sonho não é democrático, nem o amor, nem a família, nem o governo, nem o país, muito menos os meios. Alguém disse que apenas a morte e a nudez igualam todos os seres-humanos. Pensemos em uma sociedade regida pela morte e pela nudez. Não necessariamente nesta ordem.
Todos os dias que saio para a rua, me deparo com situações que me fazem pensar. Às vezes penso, às vezes não. Hoje eu tenho a sensação de estar deprimido, e isto é um luxo. O Roberto Carlos, por exemplo, está celebrando 50 anos de carreira, numa enorme festa em sua cidade natal - Cachoeiro de Itapemirim. Será que ele está melhor do que eu? Quando digo "eu", não me refiro pessoalmente a mim. Poderia dizer "eu" como digo "você". Não há democracia em lugar nenhum, chego à conclusão. O sonho não é democrático, nem o amor, nem a família, nem o governo, nem o país, muito menos os meios. Alguém disse que apenas a morte e a nudez igualam todos os seres-humanos. Pensemos em uma sociedade regida pela morte e pela nudez. Não necessariamente nesta ordem.
domingo, 19 de abril de 2009
da opressão.
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- Posso comer esse bacalhau?
- Não. Vamos precisar para o almoço.
- Vocês comeram aqui na Páscoa?
- O que você disse?
- Vocês comeram aqui na Páscoa?
- Comemos.
- Então eu tenho o direito de comer esse bacalhau.
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- Posso comer esse bacalhau?
- Não. Vamos precisar para o almoço.
- Vocês comeram aqui na Páscoa?
- O que você disse?
- Vocês comeram aqui na Páscoa?
- Comemos.
- Então eu tenho o direito de comer esse bacalhau.
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Vão.
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Há pessoas que, por alguma razão, não amam.
Como é possível tal catástrofe?
Pessoas que podem andar, olhar, cheirar, ouvir.
Que podem receber um salário que
lhes permita ir e vir.
Pessoas que são tão bem cuidadas e nem sabem.
São escolhidas.
Mas elas não vão.
Por alguma razão, elas não vão.
Elas não se atiram, não se estranham.
Falta coragem. Falta amor.
Há pessoas que não veem pessoas.
Elas veem espectros de comportamentos.
Veem partido político, gênero filosófico.
Opção alimentícia, ambição financeira.
Elas não veem o amor. Elas não vão.
Elas - vão - Elas.
A algumas, falta o impulso caminhante.
Falta uma hemorragia dominante,
um mover-se no escuro.
Corrida na areia.
Algumas pessoas são escolhidas
simplesmente para serem amadas.
Não para amar.
E o amor, livro velho, fica seco.
E o velho, para lê-lo, lambe o dedo
para que possa virar as páginas a seu tempo.
(A mim, só me falta dinheiro.)
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Há pessoas que, por alguma razão, não amam.
Como é possível tal catástrofe?
Pessoas que podem andar, olhar, cheirar, ouvir.
Que podem receber um salário que
lhes permita ir e vir.
Pessoas que são tão bem cuidadas e nem sabem.
São escolhidas.
Mas elas não vão.
Por alguma razão, elas não vão.
Elas não se atiram, não se estranham.
Falta coragem. Falta amor.
Há pessoas que não veem pessoas.
Elas veem espectros de comportamentos.
Veem partido político, gênero filosófico.
Opção alimentícia, ambição financeira.
Elas não veem o amor. Elas não vão.
Elas - vão - Elas.
A algumas, falta o impulso caminhante.
Falta uma hemorragia dominante,
um mover-se no escuro.
Corrida na areia.
Algumas pessoas são escolhidas
simplesmente para serem amadas.
Não para amar.
E o amor, livro velho, fica seco.
E o velho, para lê-lo, lambe o dedo
para que possa virar as páginas a seu tempo.
(A mim, só me falta dinheiro.)
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Romances...
Há uns que escrevem
Há uns que leem
Há outros que leem muito
E há os que leem muitos
Uns vivem
Outros não vivem
Há os que os vivem
E há os mortos
Há uns que leem
Há outros que leem muito
E há os que leem muitos
Uns vivem
Outros não vivem
Há os que os vivem
E há os mortos
sábado, 18 de abril de 2009
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Extra! Extra!
Eu juro que, por quase um minuto, li no título da matéria:
"Obina quer um ´novo começo` com Cuca."
Não tô brincando.
O título era:
“Obama quer um “novo começo com Cuba.”*
* http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/04/17/obama-quer-um-novo-comeco-com-cuba-755329439.asp#coment
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Extra! Extra!
Eu juro que, por quase um minuto, li no título da matéria:
"Obina quer um ´novo começo` com Cuca."
Não tô brincando.
O título era:
“Obama quer um “novo começo com Cuba.”*
* http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/04/17/obama-quer-um-novo-comeco-com-cuba-755329439.asp#coment
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Samba do Metrô
Toda louca
Essa mulher bonita
No metrô comigo
Alta e magra
Cachos nos cabelos
Loiros e olhos azuis
Movimento engraçado
Um jeito desconcertado
No pescoço, eu
Conde Drácula
Fico olhando
Descarado
Ela percebe - não se importa
Se insinua - me provoca
Lambe os beiços
Depois morde
Já estamos na Estácio
E ela não saltou
Deve ir para a Tijuca
Eu a encontro no elevador
Nós passamos uma hora juntos
E ninguém falou.
(como pode ser belo o mundo, no silêncio das pessoas que não têm o que dizer!)
Só trocamos mil olhares
Sem nenhum pudor
De repente ela não está lá
Acho que saltou
O poeta apaixonado não viu
Ela sair na estação anterior
Essa mulher bonita
No metrô comigo
Alta e magra
Cachos nos cabelos
Loiros e olhos azuis
Movimento engraçado
Um jeito desconcertado
No pescoço, eu
Conde Drácula
Fico olhando
Descarado
Ela percebe - não se importa
Se insinua - me provoca
Lambe os beiços
Depois morde
Já estamos na Estácio
E ela não saltou
Deve ir para a Tijuca
Eu a encontro no elevador
Nós passamos uma hora juntos
E ninguém falou.
(como pode ser belo o mundo, no silêncio das pessoas que não têm o que dizer!)
Só trocamos mil olhares
Sem nenhum pudor
De repente ela não está lá
Acho que saltou
O poeta apaixonado não viu
Ela sair na estação anterior
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Cidadania.
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Pego o sentido zona sul
No trajeto o mundo me obriga
Pelos olhos captar
Roleta vermelha, com atenção
É girada pelo cobrador
Quando o passageiro é gringo
Um sujeito acha que tem o direito
De acender um cigarro dentro de coletivo
E me olha de cara feia porque eu pedi pra apagar
Isto é cidadania
O motorista que fuma não deve fumar
Se você pedir, ele tem que parar
Ele é funcionário, e não criminoso
Ele vai parar
Isto é cidadania
Um babaca jogar um saco de Doritos vazio no chão
E alguém ter a gentileza:
Com licença, o senhor deixou cair um saco de Doritos vazio no chão
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Pego o sentido zona sul
No trajeto o mundo me obriga
Pelos olhos captar
Roleta vermelha, com atenção
É girada pelo cobrador
Quando o passageiro é gringo
Um sujeito acha que tem o direito
De acender um cigarro dentro de coletivo
E me olha de cara feia porque eu pedi pra apagar
Isto é cidadania
O motorista que fuma não deve fumar
Se você pedir, ele tem que parar
Ele é funcionário, e não criminoso
Ele vai parar
Isto é cidadania
Um babaca jogar um saco de Doritos vazio no chão
E alguém ter a gentileza:
Com licença, o senhor deixou cair um saco de Doritos vazio no chão
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terça-feira, 14 de abril de 2009
É Tudo Bobagem.
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É tudo bobagem.
No fim, é tudo bobagem.
Acendem e apagam luzes sobre minha cabeça.
Escrevo sob curas controladas.
Ouço sons de madrugada, e não é nada.
É tudo bobagem.
O garoto corre do cachorro,
dá uma escapada e morre de medo.
Depois sabe que toma sorvete,
não morre de fome ou de sede.
Olha pra baía de guanabara e pensa:
É tudo bobagem.
Ouvi dizer que quando não se sabe o que fazer
com uma mulher, ou como agir,
uma ótima oção é mandar flores para ela.
Há flores que causam alergia, outras alegria.
Há flores que lembram um funeral.
É tudo bobagem.
Uma vez a mulher saiu de sua casa
fazendo uma cena de dramalhão.
Chorava implorando que o marido voltasse
mesmo que fosse para ter quem comer seu feijão.
E ele sabia, o feijão era de ante-ontem.
É tudo bobagem.
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É tudo bobagem.
No fim, é tudo bobagem.
Acendem e apagam luzes sobre minha cabeça.
Escrevo sob curas controladas.
Ouço sons de madrugada, e não é nada.
É tudo bobagem.
O garoto corre do cachorro,
dá uma escapada e morre de medo.
Depois sabe que toma sorvete,
não morre de fome ou de sede.
Olha pra baía de guanabara e pensa:
É tudo bobagem.
Ouvi dizer que quando não se sabe o que fazer
com uma mulher, ou como agir,
uma ótima oção é mandar flores para ela.
Há flores que causam alergia, outras alegria.
Há flores que lembram um funeral.
É tudo bobagem.
Uma vez a mulher saiu de sua casa
fazendo uma cena de dramalhão.
Chorava implorando que o marido voltasse
mesmo que fosse para ter quem comer seu feijão.
E ele sabia, o feijão era de ante-ontem.
É tudo bobagem.
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quinta-feira, 9 de abril de 2009
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Explicações lunáticas
para uma equação inviável
que, se crível, a certo nível
me revela táticas
para resolução.
Se digo que vou,
vão as palavras.
O corpo que sou, frágil
e besta, limpo impuro,
em função de tua corte rara.
Acenderam a lua e, hoje,
ela rasteja sob nós.
Como o amor que cólera de brisa,
não adianta reter uma onda
quando se pisa na beira do mar
Não adianta deter a vida
ou, quem sabe, uma rima entre
eu inverso e Carolina.
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Explicações lunáticas
para uma equação inviável
que, se crível, a certo nível
me revela táticas
para resolução.
Se digo que vou,
vão as palavras.
O corpo que sou, frágil
e besta, limpo impuro,
em função de tua corte rara.
Acenderam a lua e, hoje,
ela rasteja sob nós.
Como o amor que cólera de brisa,
não adianta reter uma onda
quando se pisa na beira do mar
Não adianta deter a vida
ou, quem sabe, uma rima entre
eu inverso e Carolina.
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