terça-feira, 21 de abril de 2009

Corrida de qualquer coisa em qualquer lugar em qualquer tempo.*

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Um, dois, três e já!
Estou com pressa, aflito, querendo escrever algo bonito aqui, mas nada parece fluir do jeito que eu penso, então, simplesmente não penso. As palavras vão e são palavras vãs, estou ainda esquentando a água para ferver o amendoim, meu caro. Caro é o leite que no ano passado não passava de um real e cinquenta. Agora é hora de mudar isso tudo. Não serei um protestante, não serei um comunista, não serei um rastafari, não serei um metaleiro. Posso vestir a capa do mecânico que suja as mãos de graxa: eis um trabalhador, um homem que rala!
E já coloquei os itens no fogo, vão arder, arder, mais um pouco....deixar ferver é bom pois endurece o grão, tira-lhe a água e seca a essência. Vira um inapto "não". Vou tentar, vou fazer, vou poder, vou conseguir. Um dia, dois dias, três dias. O fim de semana na ilha vai me lembrar uma coisa meio arpoadorística, em Itaipuaçu, tudo fica longe. O metrô, O CCBB, os teatros, o cinema, as pessoas cariocas, mas não quero mais paulistas, não quero mais Paranaenses, nem Maranhenses. Em suma, poderia dizer que sou regionalista, mas além disso, poderia dizer que sou racista, e não haveria mal nisso. Não importa o que se pensa, importa o que se é, e se um coiote cruzar o meu caminho, não deixarei ele morrer, se assim tiver de fazer. Se olhar para o lado e a sombra negra me suspirar na nuca, serei o primeiro a levantar e dar-lhe uma surra. Não vou morrer assim tao fácil, hei de lutar. Hei de lutar. Sou um bicho danado.


*a pedidos.

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