escritos verídicos e inverídicos, imagens da vida e um espaço livre. [ considere ler de trás pra frente ]
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Um escritor à noite.
As noites comuns são geralmente iguais.
Geralmente sou tão comum e indolente,
Que tenho a ousadia de pensar que posso saber
Da existência do que não sou.
Noites. Como eu vou saber?
Eu penso.
E exatamente no instante em que isto acontece,
Perco. Caio novamente nas regras, peça no tabuleiro.
Algum censor me cerca. Mal posso me mover.
Escrevo agora cuidadoso, em silêncio
Para que o guarda saia.
Saia palavra digna de ser escrita por este simples escritor.
Escritor.
Muito menos por conquistas, muito mais por tentativas.
Autor, escritor, achar algo que não está lá.
Tirar de qualquer coisa, algo vivo.
E simplesmente não estar, não estar!
.
domingo, 24 de outubro de 2010
No attitude
What if I cried all the tears and then died,
like a foolish child's story
When you became so cold hearted and vain
Just with me?
Only I get an attitude from your bad lips
and words that would cut off my throat
They could also easily rip my heart
and all the truth has already so early gone
It's that name again, and I gotta step away
Stop dreaming
Something has rung up inside me and told me that I
Should criticize myself into you
And let go
Let you run alone
find someone for you, your age,
your life, life-style, likes and so on...
So long...
So long.
.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Ou se tem, ou vem
Já entrei em Outubro, desde que longe eu estava.
Sempre fui perto, ainda que lá do outro lado espremo.
Ele chegou foi manso, já que o descanso o iniciou,
Numa sexta-feira de noite e luzes, cores e drinks de cor.
Venha o papel, venha a tela do computador,
Venha o deputado, o presidente e senador,
Venha todo dia, chega e bica, suga o suco da flor.
Chega a primavera, essa travessia entre amor e amor.
Mês de céu grande e mãe longe.
Outunos baixos e certos
De não acontecer.
Como se obedecessem.
Sejam todos acomodados em Outubro
Digo que é bom, e digo isso no escuro.
Apesar do sol bonito, o dia claro, a noite noite,
Meio fria, misteriosa e valente. Lua quente.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
As ondas que nunca chegam, gramado de férias e repouso de bênção, merecem todo o meu proveito, este tempo maravilhoso em que vivo. Este mundo espetacular, coisa grandiosa que encanta e assusta. Mistério desprovido de sentido e todas as coisas assimiladas, em todos os sentidos. Bebo sorvete, ao invés de abrir um vinho vermelho de lágrimas de amor, coração quebrado. Torto. Solto pelas bordas do corpo e balançando a cada mexida. O órgão, o piano, os dedos, o som, ah. Há coisas que só o corpo entende. E o próprio entendimento disso se relaciona não conosco. Ar que move o tempo todo.
Estender o braço ao infinito, tocar sua brisa, seu cheiro de novidade e suspiro. Cada gesto, toque, estar perto, estar dentro, estar e ser. Viver o que se deve. Dever viver o que se quer viver, e afeiçoar o todo. Sentir sua respiração sentir a minha. Minha respiraçao sentir na sua. Fecha os olhos, sente. Eu faço isso e quando acontece, sinto que há tudo. Sinto que posso escolher. E o amor é a escolha favorita. Depois o sono, permitir o sono, permitir o confronto. Não saber o fim.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Complatéia
Me torno contemplativo. Tento e não sei se consigo executar até o final, mas tento ir balançando um pouco, de um lado para o outro. Assim posso pensar que estou abrangendo de tudo. E vou partir, partindo o mapa que nos une. Águas salgadas nos separam. Ares de cânone. É um tal de gente pulando e festejando... Oba! Ihu! Yêêê!
Um ou mais corações partidos. Tudo parte. Parte de uma história com um jogo lindo, no Tarot da mais bela. E como uma flecha, um jato, vruuum! Passa raspando, só ouço o zumbido segundos depois. Paro para respirar certo e beber um gole do vinho que bebo.
Estou vestido com uma roupa de despedida. Sério. Anel no dedo. Faz parte de quê? Jogo, o substantivo. E todos se foram, todos se foram no último dia, só para não olhar para mim e pensar no fim. Despedidas são sempre estranhas. Tristeza, alívio, esperança, alegria. Que? É tão estranho este momento. Que sapatos são esses? Só agora?? Se não fosse hoje, o “se não fosse hoje” não seria o “se não fosse hoje”, seria o “se não fosse hoje”, não seria? Não. É surpresa! Queria não levar tantas coisas, tantos objetos. Gostaria de sentir se devo levar este. Vou para o leste. Agora sinto que não demoro por lá. Isso é interessante, pois o que sinto agora não tem relação com o futuro, aos olhos de algumas pessoas, mas quase sempre acerto, é impressionante.
.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Suma
.
Sal
Saudade de
Dade
Dela
Orla
Orlando the
Land
Lendo
Mar
Maracanã
Maraca raca
Raça
Epa
Ipanema né
Mané?
Neca.
Urca
Te juro, cara
Tijuca Juca
De caju.
Céu
Selton, Belo,
Tom, Cielo,
E toma amarelo
Terra
Terráqueos que
Os hackers hackeiam
E ei, aonde está aquilo?
Obstáculo:
Ridículo
Testículo
Colado ao culo
Fim
Finca lá
Cala a fim
De calar
De colar
Lar
Largar cola
De lado lá
.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Come baby
.
During the times I am with you
I never stop doubting about our illustration
Wandering around
Strolling at the university
One day I hugged you so affectionately
And you swerved away
That day, I realized myself being so lonely
But at night this all-of-a-sudden girl came along…
And she messed the whole thing up
She messed it all up, she did
I told you that when we separate one time
The next time together may not be
Slowly I become… numb
I see the picture of my perfect life… gone
In the face of my son
In the name of it all
So I am here
Smiling at everyone that looks at me
Desperate, needy, friendly, witty, all at once
I dance till morning comes
To whisper in your ears… baby, come
Baby come, baby come
Baby come, come back home
Back to me
.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Certa vez num bate-papo de internet...
- Olá.
- Oi.
- Tudo bem?
- Sim.
(silêncio)
- Err... quer teclar?
- De onde? Sem foto? Não falo com quem não tem foto!
- Mas eu tenho foto. E você tá me soando meio besta... muito metidinha!
- Não, não estou.
- Tá sim.
- Que seja. Então não fale comigo, simples!
- Por que não? Só por que é metida? Falo com metidas o tempo todo. Trabalho com metidas.
- Porém, eu que não sou! Não quero falar com você! FATO!
- Por que não?
(a metida fica offline)
Eu hein, parece que comeu cocô.
.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
É quando eu digo ‘vamos’, mas nem eu sei para onde.
.
Toda vez que olho em volta, o que vejo é gente.
Tenho andando muito por aí, cidade grande, meio perdido.
Tanto que preciso de um lugar mais menos gente,
Todo lado aquele mato, árvores, bichos, um silêncio enchente.
Muitas vezes que lhe digo ‘vamos’, estou pedindo abrigo.
Mastigo azedo o sarapatel mensageiro de um negativo.
Movimento de tentar entender isso é somente perigo.
Meus trinta anos me dizem para dizer o mínimo.
Para somente ser calmo, firme e honesto para viver bem.
Pelo menos alguma esperança me resta, no meio da testa.
Porreteada com as mãos, batendo com a parte de baixo, claro.
Punho cerrado. Vigorosas batucadas na mesa de teca.
.
terça-feira, 6 de abril de 2010
sobre a maturidade
.
Vamos tentar!
Como se o céu acompanhasse o meu chorar,
Gotas e gotas, um banho de choro também jorra
Do céu noturno com delicado pincelado acinzentado.
E enquanto assisto ao cair da chuva, e enquanto penso,
Sua intensidade aumenta, numa possível tentativa
De me fazer perceber que o que penso é o que vivo.
E aumenta mais ainda, até que percebo o seu crescimento.
Juntos, concluiremos que, por experiências,
Podemos notar que um dia, o céu cessará o choro.
Então, viro-me de costas para a chuva e sorrio.
Entendo tudo o que ela já sabia e acho graça.
Penso nas sábias palavras de meu pai: aceitar o inevitável.
.
sexta-feira, 26 de março de 2010
Sinfonia número dois, de Salvador Dalí.
.
O que se vai, é o que deve ir.
Se não fica, deve.
Antes do final definitivo,
O final verdadeiro e fatal,
Sinto ser difícil, muito,
Abrir as mãos e deixar voarem
As lembranças para o chão.
Balançando suavemente, penas
Caindo levemente sobre a quentura
Do chão.
E matando o silêncio do agora.
E como se não houvesse hora,
Parto para cima de tudo
Moendo os caminhos do que me tenta
Brecar.
Cometo algum crime, um crime qualquer,
Um ato contraventor
Como uma corda amarrada ao ventilador
No teto de uma casa
Pendurando um pardal bege.
Pálido sob o brilho da luz esbelta.
E as telas de Chopin me fazem arder
De pimenta em tudo, até sopa, na Bahia.
Café não, pois que não cede.
Nem tudo pede uma tragédia, pois há quem ceda
Ao violento estar de um feiticeiro no ápice da manhã.
Impaciente o beija, e ele quer o carinho.
E sentia o sol pressionando seu couro.
Seus pelos e tudo o que mais poderia querer
Naquele lúdico dia.
E era simplesmente tudo e nada, sem escolha.
.
sexta-feira, 19 de março de 2010
O terrorista adotivo
.
É de dentro da lama oblíqua que vemos
Vemos alguém emergir da espessa gosma
De uma teia tecida com cuidado e lógica,
Porém sem o sentimento que lhe falta o toque
Brincadeira de destino, ou coisa assim
Disse que acreditava que existia algo de ruim
Por trás de todo esse dá-tudo-errado que assombrava
Nossos dias de trás para frente, sem errar, sem errar a marcha
Foge! Corre! Some!
Basta um indício de sobriedade para que extraia
O pior de um terrorista
Este pior ainda quando dorme contigo
Seu pior inimigo, aquele que te conhece
No acalento, perigo, nas pequenas hesitações e vacilos
Não pode vacilar, é partir. Uma ação forte e verdadeira.
Uma força que vem nem sei de onde, mas existe. E age
.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
espera
Ô moço...
Não tô conseguindo chegar até aí...
Faz um favor, faz. Manda uma ajuda.
Alguma coisa do céu, sei lá!
Preciso me ajustar de vez
Aqui tá uma bagunça danada,
É muita coisa espalhada
E o chão tá difícil de achar!
Tem ponte no meio do caminho,
e na ponta, onde daria pra pisar,
tem muito espinho, ai moço!
Há o que se fazer?
É...só o tempo de esperar.
O músico não toca.
O cantor não canta.
O poeta não escreve.
Há um abismo sem ponte, pra atravessar...
.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Dou aulas particulares e públicas de inglês.
Cobro justo.
Para me contatar, mande um email pedindo meu telefone. E ligue. Eu irei falar para me escrever um e-mail detalhando o serviço que deseja. Responderei ao e-mail pedindo seu telefone. Quando receber sua resposta, ligo. Digo que vou mandar um e-mail com os valores e alguns esclarecimentos extras. Mando o email. Aguardo sua resposta concordando ou não com o fechamento do negócio. É possível uma negociação. Se responder positivamente, marcamos o início. Se negativamente, não. Se não responder, ligo. Pergunto se recebeu meu e-mail.
Enfim, é uma longa história sobre a comunicação nos dias de hoje.
.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Aleatoriamente.
.
Hoje cai a minha vida.
Cai do céu branco ofuscado então cinza.
Despeço-me de todas as lembranças e feridas
Como se nunca tivesse tido-a como amiga, a vida.
Amanhã é palavra e tudo vem.
Deslizamento de tarefas e compromissos.
Como uma enorme ameaça de chuva, temporal
Azul e nuvens sufocantes. Nada disso.
Todos os dias começam como o primeiro.
Já acordei tarde e vejo o que já foi feito, já que
Não participei do início de tudo. Não sei onde me perdi.
Sonhos, não mais. Eu sabia de tudo que estava lá.
Se procuro o céu, o que vejo são quinas.
De prédios. De construções quadradas feitas por guindastes
E marretas em mãos lascadas. Não é brincadeira.
Até lá, preciso ultrapassar duas grades.
Tudo escuro, triste o bastante para pôr fim a tudo.
Nesta alegria fina, encontro meu repouso, o meu destino.
Desatino máximo.
É não saber que não sabe e não suspeitar disso.
Pressentir o que virá.
O vento que acaricia a minha barba
Também me sacode o tronco, em rompantes
Aleatórios, entre ventos e brisas.
Pode ser que neste augúrio, sinta.
O tal universo movendo as forças comigo
Trazendo o mundo comigo e todas as outras
Coisas que eu preciso. Não são tantas.
.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
repartido
Fomos amigos
Talvez nem tanto
Mas quem explicaria
Uma lógica dessas
Uma galera à noite
Em Copacabana
Num bando de doze
De dez, e de seis
Bebemos cerveja
Fizemos fumaça
E poesia coletiva
Na mesa molhada
Aniversário
De uma menina
Nove do nove do nove
De esquina em esquina
E sentimos o amor
Flutua na carne
De um salgado
É tão doce
Beijar fugitivo
De pouca viagem
Ficamos ali e aqui
Longe e separados
E no chegar da manhã
Nós
Os seis
Assistimos ao vômito
E compramos queijo
E coca cola
Para comer e beber
Queijo e coca cola
E ainda que o dia
Consigo voltar para mim
E mesmo que digam
Oi, sou o grande tal
Não posso acreditar
É modo de falar
Pois neste instante
Meu sono é
11/09/2009
.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
aquela defesa da música
Dai diz:
uma poesia é arrebatadora
Rafael diz:
é a sua tara, né?
já disse, não vai encontrar aqui nenhum virtuoso.
uma poesia você tem que ler!
você tem que pegar num livro
ou olhar pra uma tela.
virar o pescoço!
se concentrar e prestar atenção.
a música te bate!
ela te estupra.
você não tem que fazer nada.
não há defesas.
.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
da série: "da série": dois mil e dez, o futuro é aqui
Ser por ser, estar aqui presente neste ano de dois mil e dez é incrível!
Faz muito tempo, agora, que muitas coisas aconteceram... E é preciso usar
pequeno vocabulário simples, ou até chulo, para demonstrar de uma forma mista
e talvez fria, o meu contentamento e minhas lembranças que não necessariamente relatarei.
Rei do rock, Elvis? Kundera? Além de imaginação. A cara do feto...os olhos pretos do feto.
Montagem. Colagem. Pra que servem? Onde vão? Onde está a cara do mundo velho, que agoniza, segundo notícias de todas as partes. As terras vão caindo e, meu deus, pra onde mais elas poderiam ir? Para cima? Eu não vejo televisão, mas ela me vê. E quando me vejo nela, acho que sou preto. Vejo vultos, o reflexo no vidro. Sigo andando, sim e...quando chego mais na frente,
penso se sempre andamos para frente, por mais que andemos para trás ou para os lados. Estamos sempre seguindo em frente. Ô caminhoneiro, essa vai pra você que me escuta nesta noite noturna, fria, de dezembro... Nesta noite mágica.
.