domingo, 20 de março de 2011

- luxo de pobre, o que é?

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Onde sou?
Quem estou?

O fascínio que mofou
Dentro de mim pelo amigo,
Jura por toda palavra que anda
Assim assim com o bicho-grilo lá
da praça dos brinquedos

E me disseram que não podia brincar
Que eu era muito velho para brincar
Me tomaram os sonhos, me tiraram na marra
Todos os meus apegos e amarras

Até mesmo eu, com o luxo do protesto,
Perturbei outra vida. Uma aranha tímida
Negona era safada, vez que eu soprava, e soprava
E soprava a bichinha e ela não caía
Vez que soprava muito forte, ela escorregava
Soltava sua teia e voltava
Era como se pudesse voar
E não soubesse como

Disseram que a vida era difícil
Que o homem precisa lutar, sofrer, se sacrificar
Precisamos de quê?
Diga algum folgado, menino ou menina, seja daqui ou de fora
Me fale dos meus desejos
Conte-me, vamos, dos seus novos beijos
Tenho muita vontade de seguir

Cada um tem seu luxo.
Até que me permito muitos

Como se esse "até" significasse pensar


...

2 comentários:

Felicidade Clandestina. disse...

''Até mesmo eu, com o luxo do protesto perturbei outra vida''

Eu adorei esse teu post. Me identifiquei bastente, de verdade

Um abraço

Natasha Pinto disse...

sou aqui, estou eu