...
Onde sou?
Quem estou?
O fascínio que mofou
Dentro de mim pelo amigo,
Jura por toda palavra que anda
Assim assim com o bicho-grilo lá
da praça dos brinquedos
E me disseram que não podia brincar
Que eu era muito velho para brincar
Me tomaram os sonhos, me tiraram na marra
Todos os meus apegos e amarras
Até mesmo eu, com o luxo do protesto,
Perturbei outra vida. Uma aranha tímida
Negona era safada, vez que eu soprava, e soprava
E soprava a bichinha e ela não caía
Vez que soprava muito forte, ela escorregava
Soltava sua teia e voltava
Era como se pudesse voar
E não soubesse como
Disseram que a vida era difícil
Que o homem precisa lutar, sofrer, se sacrificar
Precisamos de quê?
Diga algum folgado, menino ou menina, seja daqui ou de fora
Me fale dos meus desejos
Conte-me, vamos, dos seus novos beijos
Tenho muita vontade de seguir
Cada um tem seu luxo.
Até que me permito muitos
Como se esse "até" significasse pensar
...
2 comentários:
''Até mesmo eu, com o luxo do protesto perturbei outra vida''
Eu adorei esse teu post. Me identifiquei bastente, de verdade
Um abraço
sou aqui, estou eu
Postar um comentário