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Digo o que você não quer ouvir
Um enorme eclipse pros seus ouvidos
Que desde o seu nó de umbigo
Alguma coisa acontece ao digerir
Palavras que te dobram metade
Arrancam de você a verdade
Sem que queira saber de nada
Olha para dentro de sua atividade
As eternas corridas pela montanha
Nunca aconteceram, moça má
Que deve haver algo muito estranho
No final de tudo isso a encontrar
Herói do amor inabalável?
Provavelmente um covarde calado
Muito menos que outro tipo, afinal
Aquele que conquista e depois larga na pista
E o sexo de um céu católico breu
Não custa a dizer: não sou novidade
Mantém, como menina má que é, sua castidade
Para ninguém falar que comeu
Este é o pior tipo de vagabunda:
Aquela que não joga fora o desejo
Retém toda a vontade, dá beijo
Mas não dá buceta nem bunda
Este é o pior tipo de rima:
Vagabunda com bunda
Desejo com beijo
Pena eu não ter uma boa prima
Com a boca carnuda
Com as pernas gostosas
Para eu exercitar meus bíceps
Com pica grossa
Não estou sendo grosseiro
Você parece querer interpretar
Tudo de uma maneira leviana
Como se estivesse sempre numa cama
Nada aqui é o que parece ser
Inventamos mentiras para sobreviver
No caos dos olhos humanos distantes
E seus beijos cegos itinerantes
Sou na tua vida um incômodo
Que gostaria (que horror) de ser cômodo
Da casa do seu ser, enfim, seu corpo
Atrapalhado poeta - apaixonado louco
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4 comentários:
"me chama de chão" (P. Moska)
Uau! Isso eh q eh rimar e ser pornográfico! Só por curiosidade... onde achou o meu blog???
:)
Não sei como comentar esse descarrego de emoções sem fazer-me parecer bobo, trivial ou qualquer outra coisa que me coloque na média, diante de algo acima dela. Esse tom pornográfico tá rendendo ótimas bofetadas poéticas. *clap clap*
Ah, depois dá uma passada lá no meu, resolvi deixar a paranóia de lado e publicar umas coisas por aqui, apesar do pouco tempo e da falta de PC!
Abração,
Alex.
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