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Tecer um avião é de se admirar.
Enrolar um cubo é estender um assunto.
Fritar as páginas do livro que lê é,
Em qualquer instância, um insulto,
Sem dúvida. Sem dúvida tudo morre.
Imagina só aquela toda-grande-verdade.
Antes sofrer de amor, de dor, viver e existir,
Do que saber exatamente as respostas no lápis.
Considero a pergunta. Considero muito.
A resposta é um impulso com os pés na água
Quando alguém é puxado para o mar fundo
E une suas forças em uma, em busca de ar.
Não vamos misturar as coisas. Falar sobre pessoas.
É tudo o que há? Humanistas, por favor, né?
Vamos pensar em tudo feito de átomos em essência.
Não sei porque, mas essa palavra “essência”... Não gosto.
É falsa. Desculpa se decepcionei com minha feiúra.
Eu evito tentar evitar tocar nisso, mas prefiro continuar
A comer o que sinto vontade e a essa altura
Só resta esperar a gravidade e o tempo que me ama.
Amor é um tema batido.
Batido e remexido.
Amor não deveria ser tema de nada.
Amor não deveria findar um poema.
Alô, aqui é o seu marido.
Vestido e prestativo.
Falou tanto em mania que tem me agitado.
Danou o pão que comia, de ovo sem gema.
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