domingo, 22 de novembro de 2009

matamoleza capaduridócil

.

é como mato no meio da chaleira,
quando a grama é mágica, não carece
muita água e sendo assim, a hidroponia
se refere somente a um nome, nada mais.

filtragem apurada com carvão.
mais serve assombração do que punhos
de lavagem. Na varanda, persiste o cheiro
da lavanda que vem da casa da Amanda.

vizinho são. pra quê? oi, bom dia.
boa tarde, boa noite. tom de orientação.
não basta olhar para o céu, é preciso
conviver. conver. convir. contactar.

antes que eu arranque o C da palavra-trava
venha alguém e me trave a língua, num desses
carrosséis doces de quem come nuvem feita de
açúcar ventilado e moído no coração.

não me refiro ao órgão aqui, mas ao valentino.
aquele vermelho verdade verde visto variedade.
ao passo que andar é somente sucessividade
entre mundos aqui, mundos ali...

e quando o corpo diz não, a cabeça já está
em outros patamares, pois gosto de animais terrestres,
ao contrário de quem crueliza os bichinhos.
e segue rastejando até - tentei evitar - onde tenha sol.

silêncio de casa onde se mora bem,
dormiu comigo e sonhou com outros cem
se o que for meu é de carne, prefiro pão
com chocolate, pois que o prazer não finda tarde.

.

Nenhum comentário: