sábado, 28 de novembro de 2009

Considero Estender

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Tecer um avião é de se admirar.

Enrolar um cubo é estender um assunto.

Fritar as páginas do livro que lê é,

Em qualquer instância, um insulto,


Sem dúvida. Sem dúvida tudo morre.

Imagina só aquela toda-grande-verdade.

Antes sofrer de amor, de dor, viver e existir,

Do que saber exatamente as respostas no lápis.


Considero a pergunta. Considero muito.

A resposta é um impulso com os pés na água

Quando alguém é puxado para o mar fundo

E une suas forças em uma, em busca de ar.


Não vamos misturar as coisas. Falar sobre pessoas.

É tudo o que há? Humanistas, por favor, né?

Vamos pensar em tudo feito de átomos em essência.

Não sei porque, mas essa palavra “essência”... Não gosto.


É falsa. Desculpa se decepcionei com minha feiúra.

Eu evito tentar evitar tocar nisso, mas prefiro continuar

A comer o que sinto vontade e a essa altura

Só resta esperar a gravidade e o tempo que me ama.


Amor é um tema batido.

Batido e remexido.

Amor não deveria ser tema de nada.

Amor não deveria findar um poema.


Alô, aqui é o seu marido.

Vestido e prestativo.

Falou tanto em mania que tem me agitado.

Danou o pão que comia, de ovo sem gema.



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