segunda-feira, 9 de maio de 2011

Do lado de lá da cidade

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Abro a janela da minha casinha,
Sou tocado pelo sol
Que fazia o movimento de
Translação

E as folhas sabiam
Que o vento toca
E sempre souberam
De tudo o que acontece

O sambinha instrumental
É o que chama a atenção
Das formiguinhas
Que escutam o som

Guitarra molhada
Com whisky
É o champagne dos aflitos
É carnaval no inverno

Eu que já morei na cidade
Ouso dizer que sou alguma
Coisa tipo poeira
No banho de estrelas

Perdão, onde vai?
Está perdoado.
Então?
Então o que?
Onde vai?
Não vou.
Com licença.
Peça “por favor”.

E a casa se arrumava sozinha
Naquele sábado outonado
De amor atrasado
Ela se fazia

E eu continuo
Com minha pena escrevo
De joelhos até que um
Milagre aconteça

.

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