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Abro a janela da minha casinha,
Sou tocado pelo sol
Que fazia o movimento de
Translação
E as folhas sabiam
Que o vento toca
E sempre souberam
De tudo o que acontece
O sambinha instrumental
É o que chama a atenção
Das formiguinhas
Que escutam o som
Guitarra molhada
Com whisky
É o champagne dos aflitos
É carnaval no inverno
Eu que já morei na cidade
Ouso dizer que sou alguma
Coisa tipo poeira
No banho de estrelas
Perdão, onde vai?
Está perdoado.
Então?
Então o que?
Onde vai?
Não vou.
Com licença.
Peça “por favor”.
E a casa se arrumava sozinha
Naquele sábado outonado
De amor atrasado
Ela se fazia
E eu continuo
Com minha pena escrevo
De joelhos até que um
Milagre aconteça
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