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Chora, poeta.
Todo o Rio que corre por teu rosto.
E as fotos, viradas
Ao avesso, viraram conchas ao mar.
Chora, poeta,
Que teu amor é reza,
Minha oração.
Saudade de você com ela.
Vai, mas vai com medo.
Vai com medo, mas vai.
Fica parado não.
Vai com o respeito
De um guerreiro que cai.
Medo é só o começo.
Não há segredos.
Medo se enfrenta.
Sente-se plenamente, sim,
Mas um dia ele recua.
O medo, ao ser derrotado,
Te livrará dele pelo resto da vida.
Te dará clareza:
Mais um inimigo.
Chora teu sonho, poeta.
Deixa rolar a água salgada
E o doce na língua.
Sonha teu doce, guerreiro.
Ao adormecer, busca correndo
O que perdeu dormindo.
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Um comentário:
bonito demais...
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