Todos os tempos são sombrios.
Todos são difíceis, para os amantes.
A vida não é fácil para o artista.
Também não é fácil para o carteiro.
Não é fácil para o síndico, carpinteiro
Padre, peão, operador de telemarketing.
Em todo canto há violência.
Violência, agressões, aqui, eu,
Sabe-se lá quantos de nós já apanhamos.
A violência do dia a dia, do alô no metrô.
Principalmente quando o sinal é de
Repente cortado.
Há pedintes, os que chegam ao desespero
Ou ator ao extremo, que em sua história
Se funde, e Stanislavski aplaudiria.
Mas alguém deve quebrar o encanto,
Mostrar que o nosso lugar nos influencia,
O nosso tempo nos influencia.
E são tempos sombrios, estes em que vivemos.
E será sempre assim.
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