segunda-feira, 6 de agosto de 2007

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O que leva a emoção não é uma ciência.
Ela chega e bate forte, nocauteia o sujeito no fundo do chão.
Crava na parede como uma marreta imensa que golpeia contra o peito.
Música? Talvez. Quem sabe palavras, ou cores, ou olhares.
Algumas coisas podem ser bem quadradas, assim sem novidades.
Algumas coisas não podem. Devem saber quando parar e que ali há um momento especial.

No mundo se instala cada vez mais profundamente.
Quem quer participar, fazer muitas vírgulas e farofa.

Sei que muitas foram as críticas direcionadas ao Pan. Simplesmente Pan, o assunto. O evento. O mega-evento. Eu, particularmente, que não compareci a nenhuma competição, nem como espectador, nem como atleta, adorei o Pan. Assisti ao suficiente pelo aparelho de televisão e consegui até me emocionar em alguns momentos. Cito sim: Ana Paula Scheffer (quem? Bronze no solo do aparelho corda, na ginástica rítmica); revezamento dos quatro corredores; o pugilista de ouro; Edinanci. Seleção feminina deu show, mas não vi a final. Estava dormindo. Vôlei foi bom, mas foi fácil demais. Fiquei meio irritado com as derrotas do vôlei e basquete femininos, nas finais. Não pela derrota em si, mas pela forma que foi. O grito do Jadel Gregório. Diego Hipólito. Salve o Flamengo!
Salve o Flamengo, santidade. Mais uma vez no brasileiro, lutando contra o rebaixamento.
Mas ouvi dizer que muito torcedor foi desrespeitado, que o dinheiro foi desviado, que houve mutreta nesse pan. Neste país as coisas são bem difíceis. Blá.

Voltam as novas. Caras mais nossas. Casas mais abertas.
Velhos mais tristes. Rostos mais jovens. Festas mais rock.
Cenas de filme em cada cenário. Mistério em cada segundo.
Assim, como nada mudou, segue o estranho mundo.

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