segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Aqui embaixo

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E o dia de Natal vai amanhecendo
Com as nuvens escuras descendo do céu
Por sobre os morros da tijuca

Respiro o dia de hoje há algumas horas
Comemorei a festa com comida e bebida
E sei que felizmente, isso, eu posso celebrar

Além de Jesus Cristo, não falamos
Sobre política, futebol, filosofia ou
Critica de juízo

Comemos como quem festa
E se empanturra olhando para os nossos
Mais próximos desconhecidos

Tudo o que me resta é olhar para o dia
Dizer “olá”, bom dia, dia
É um prazer conhecê-lo, Natal

Dormir
Sonhar com o bem que há de vir
E receber a chegada


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domingo, 25 de dezembro de 2011

Hoje eu estou ouvindo os pássaros cantando para mim,
sou o único a escutar. Esse parou na frente da minha janela
eu cantei, ele cantou. Ele cantou, eu cantei. Brincamos.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

verbo ser

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Esses filósofos gostam de muitas palavras grandes
E complicadas, muitas palavras.
Mas não é como comer uma fruta fresca.

Gostam de querer. Querer explicar tudo.
Buscam o tempo todo por um conhecimento
Que reside em saber que vão falhar.

Descascar uma banana é abrir o alimento
Mas também é o lamento de um ser dilacerando-se
E transformando o mundo em natural.

Nada como morder uma maçã gostosa.
Eis o pecado maior.
Hoje podemos filosofar comendo maçã.

No limbo.


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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Gosta do que lê

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Tenho muitos mistérios, sou personagem do meu trabalho como escritor.
Nào adianta o que eu disser a você, pois você não terá o entendimento de que o quê um escritor
Escrever não tem, necessariamente, compromisso com a realidade em que vive.
E já é delicado dizer que ele vive em realidade xis, ou realidade ípsilon.
Portanto, não gostaria que pensassem que tudo o que escrevo é a minha vida,
fazendo dos meus textos, diários. Prefiro que recebam a arte de braços e corações abertos.
Esqueçam de tudo, sejam ignorantes por um tempo, é ótimo, sejam, e então sentirão a arte lhes
Conduzir para um lugar diferente, onde a experiência é inexpressável.
Ler é bom. Ler é agradável, quando se gosta do que é lido.
E não é preciso mais nada além disso.
Se não gosta, então mude o livro.
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domingo, 4 de dezembro de 2011

Coração

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Meu coração é grande.
É imenso.
Nele cabe tudo e tem lugares especiais
Para pessoas, ou coisas especiais.
Cabe toda uma vida de alguém a quem amo.
A vida promíscua de uma menina que amo.
No meu coração cabe toda a academia.
Nisto incluo os professores e professoras, os alunos,
As alunas, os livros e apostilas, as salas, as xerox
E a comida ruim, que é mais barata.
Aqui, dentro do meu peito, no meio do meu peito,
Há um coração que sangra.
Estou vivo.
Dentro do meu peito há um músculo.
Dentro de minha vida há um coração
Que não é um músculo, é tudo o que nele cabe.
E nele cabe tudo.
Nele cabe toda a discografia do mundo.
Toda enciclopédia lançada desde o início de tudo.
Meu coração abriga a minha casa.
Meus olhos moram dentro dele.
Meu paladar e saudade, também.
Meu coração é grande.
Coração de mãe.
Coração de pai.
Coração de guerreiro.
Não possuo um coração.
Eu sou mais coração.
Tudo é.
Coração.
É tudo.

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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ampulheta

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Ouço tantas coisas e conversas

Escuto tudo com bastante atenção

Navegador de um prato cheio,

Misturado com a televisão

Do canto do refeitório

(graças a deus tem comida)

Avisto a tela pequena

Demais pra acreditar na vida

E os pássaros já me cansam

De dizer vai dormir, mané

Que que tu tem ganhando

A madrugada toda de pé

Eu, nem sei mais onde encosto

Só me deixo na cama cair

Como um livro acabando

Ampulheta a areia ir


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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Produção Legítima

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O que importa não está aqui onde estou.
Pessoas falando sobre modernismo
Enquanto olho ao redor e somos
Todos ínfimos, e ao falar sobre arte,
Nos tornamos progressivamente mais
Desinteressantes.
Que importa se há pós-modernidade?
E se os desdobramentos se derem ao contrário?
Nós, pessoas que frequentam lugares, negamos
Nossa própria história, matando o presente
Relógio-provocação debochado de progresso e
Desenvolvimento. Caminhada em direção ao futuro.
Artistas preocupados em produzir obra pura. Opa!
Artistas preocupados!
Pessoas falando sobre modernismo e
Gaguejando com voz fina.
Todos defenderão algo. Todos predominarão
Na separação.dos gêneros.dos estilos.dos espaços.
A questão é: modernidade ou blá? Não!
Sem questão. Se eu fosse um pintor, seria um
Pintor do século XXI. Produção legítima.

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domingo, 2 de outubro de 2011

Na Encruzilhada

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Pobre homem que precisa ir na rua de madrugada


Para pitar um cachimbo


Se acaso houvesse, não seria incrível poder não pensar?


Mas o homem que precisa ir na rua de madrugada


Para acalmar seu espírito


Merece todo o respeito que podemos dar


Este pobre homem merece todo o respeito do mundo


E ele vai na rua de madrugada


O grande homem


Para pitar um cachimbo


Pobre homem que merece todo o respeito do mundo


Se acaso houvesse madrugada




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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Liliane

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Há praticamente dois anos atrás, conheci Liliane. Não sei por onde anda agora, não sei o que aconteceu com sua vida. Liliane foi uma das mulheres mais incríveis que conheci e um grande amor. Eu gostaria de ter juntado nossas vidas e, tenho certeza de que nós seríamos felizes. Sinto falta dela. Nos encontramos duas vezes. A conheci na véspera do meu aniversário de trinta anos, passamos aquela noite juntos, bebendo, conversando, fumando, e rindo muito. O amor rondava aquelas duas pessoas. Nos beijamos. Foi maravilhoso, o nosso beijo, o encontro das nossas peles, assim como o encontro de todo o nosso ser. Lili gostava de Smiths e eu também. Ela sofria de uma doença do sistema nervoso que, de tempos em tempos, a deixava bastante debilitada fisicamente, tendo que ficar de cama, sentindo muitas dores, tendo espasmos e sofrendo mesmo. Isso me deixava terrivelmente abalado. Como podia aquela menina com seus vinte e poucos anos, tão linda, tão viva, inteligente, brilhante, como podia ela dizer que tinha uma doença e que não havia cura e que não viveria muito tempo, e por isso não poderia assumir comigo um relacionamento de corpos? Como pode? Guardo até hoje, num antigo celular sua mensagem: “adolescente dos anos 50”. É o que nós fomos nas duas vezes em que nos encontramos. Fomos ao teatro e assistimos a uma peça fantástica do Armazém, uma montagem de Toda Nudez Será Castigada, do Nelson. Eu espero que você, Liliane, onde quer que esteja, esteja viva. Seu brilho permanece no inventário da minha existência. Eu amo você, Lili. Cadê você, Lili? 

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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Circo de Papel

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Vamos lá, apresentar soneto
Tão difícil é pendurar quadro
Ah, não venham com essas bobagens,
Aqui nada de parnasiano


Posso estar sendo leviano
Discorrendo nada sobre nada
Preparação de passar no teste
Salgadinho suco de laranja


Já tentei pintura, insucesso
Até sobre versos me debrucei
Tentando, vê, enlatar a arte


Nada que convença outro cego
Se levar a sério no espelho
Comer bananas no picadeiro


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sábado, 10 de setembro de 2011

De cima do prédio, à noite

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Se eu fosse falar de homens,
É falar de barriga cheia.
Da minha condição humana…
Quem sou eu para ti?
Sou para ti nada.

Poeira, alguns disseram,
Eu disse poeira. Cósmica.
E sem parar, as luzinhas vão
Escorregando, on/of, on/off…

Falo para o alto e sei que pode
Estar em qualquer lugar e direção.
Respeito e admiro seu trabalho, seja
Qual for o nome do autor, operário,
Compositor.

Rattle snake plays this song
And all the band gets in the groove
It’s something jazzy, smooth
Eu reparo, vem outro, agora o garoto.
Apunhala o ar e o faz tão bem.

Cascavél percussionista
Traz a banda e quebra tudo
Com seu jazz suave, malicioso
E é sugado para o céu e vê tudo de cima,
De longe. Comemora toda a sua vida.

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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Renova

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Que importa o passado de alguém
Se o que vês agora é
Apenas e tudo o que é
Alguém

Que importa o passado
Se tudo vai, até mesmo
A pele que um dia tocou
Outras peles,
Renova

As tuas idéias são outras
Tua filosofia, amigos, amores,
Outros, tudo diferente, tua boca
É nova a cada beijo,
Cada grão que come


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domingo, 28 de agosto de 2011

Lonely Rider/ Viajante Solitário


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I have no past.
I have no future.
I am a lonely rider.
In this huge now.



Não tenho passado.
Não tenho futuro.
Sou um viajante solitário
Neste imenso agora.



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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

não pense que é sobre você, se quiser.

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papel
seda
curativo nestas portas
neste exato momento sinos tocam diariamente
noite prática imagem tola
sentimos bem o sentimento vontade que liberta
fluindo horas e não
apenas o quase nada
precisamos para passar
e perambular por aqui
onde sou
negando e vendo o sonho
venha mais perto
troque
eu sou eu quando
pensa que é você
e vai
sinos tocam
diariamente e eu troco
o igual, o aceso, eu gosto
da mulher
real
que toca

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Cara do Instinto


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Que vento forte!
Ouço o som que faz o ar em movimento
Entrar pela fresta que duas janelas corrediças
Fazem ao se sacarem inteiras.

E quando silencia, um ou outro assovio
Grave em meus ouvidos enquanto toca magia
Pela fresta do silêncio robusto.
Aparentemente, um blues.

Aparentemente não é uma boa palavra
Para resolver isso, já que este lugar não é aparente.
Dele não há o que falar.
Instintivamente, sinto-o.

E até isso é apenas forma de me comunicar.
Não existe, de fato, a coisa em si, no que escrevo.
Mas se não escrevo, não sou lido,
Não alcanço seus ouvidos, seus olhos, sentidos.

Todos querem saber sobre o que penso.
Todos querem ler o que escrevo, é natural.
Assim como comer um alimento, nadar em uma praia,
E não comer uma praia, nadando em alimento.

E o vento permeia a periferia do bairro
Me deixando em êxtase com o som do nada.
Nem teclas de computador, nem a falta da música.
O vento é o movimento de levar.

(E vou, ao sexo da música,
Ao paladar da fruta e da ação,
Como uma caneta eu tivesse na mão,
A tinta me faltaria uma hora dessas,
Mesmo com tantas e tantas apenas promessas.)

 .

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ao final da tarde de inverno

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Eu posso falar de fantasmas e monstros e vampiros
Sem sair do meu pequeno abrigo frio
Entretanto, para que me afaste de qualquer perigo,
Posso caducar e fingir ser outros seres também

Na noite escura há quem saiba quem sou?
Creio que durante o noturno caminhar dos tempos
O meu corpo já saiu várias vezes de mim
Fica sufocado, vez em quando, dentro de ser humano

 .

sábado, 30 de julho de 2011

Pra beber Maria

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Escrever tá caro e dá barato

Se chamar de tio eu num pago

A rodada da semana é boa

Tem jogo do meu mengão de novo


Salve toda multidão calada

Minha santa diversão sofrida

Quase nunca eternamente pasma

Advento do turismo, esta cidade


Se eu te pago uma gelada, dá um beijo

Se eu te dou um beijo, paga um

Toma um vôo, catch a plane

Dança a dança do harém


Máquinas de costurar são bem-vindas

Aceito tablets, ou whatever

Aparelho que você me der, eu mereço

Tecnologia de primeira


Uma Stella pra beber

Maria pra fumar

Um sonho pra me atravessar

O fim de semana

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

No encontro sincontro

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Eu não sei como é que você 

Ainda olha pra mim

Você é bem, posso dizer

Linda demais para mim

Jovem também, eu sei,

Também sou.

Fora daqui vamos nós,

Pular em barquinhos no sol

E flutuar pelas ruas do mar

E andar em corridas ganhar

O mundo a sós

E cada um se vai

E se vira e se torna um só

Se esvai o que faz de nós alguém

Nesse mundo só esse

E nos outros mais, nos que nos

Encontramos

Em outras avenidas e corpos

E respiro, por mais que eu tenha fôlego para continuar

E ouço o som do piano, do trumpete

Em cada som que escuto

Atravesso o aqui

E se isso entra em minha cabeça,

Sinceramente nao quero nem saber.

Só penso em ficar aqui e ouvir

Um bom som

Até acabar


 ..

sábado, 23 de julho de 2011

Perfura




Quer comunicar, mas a
Comunicação só se dá
Numa troca onde um emite
E o outro recebe.
Percebe que a comunicação
Só se dá quando por mais de um sujeito
Ou objeto. Relampejar
É como as noites de luar
Mas menos claras. E este
Raio que lampeja é raio
Que também despeja o
Resto de trevas que há por vir.
E navegar, adentrar, explorar e sorrir,
Pois em trevas sempre nelas, nadamos
E assim sentimos um pouco de vida,
Ao tato com o desconhecido, frente ao abismo,
Sob pressão, manifestando o aqui.
Comum a todos, aqui. Diferente
De cada um, cada um por si.
Tirar a máscara, que caia.
Falar e falar, e falar…
Repetir, repetir, repetir…
Já não há caminhos.
Apenas formas de ir.
Dias de sol, dias de chuva,
Claros, negros, pálidos, azedos.
A reforma havia sido feita, finalmente.
Afinal, todos que se comunicam
São parte de um grupo de troca.
De informação, idéia, por aí.
E sabemos que, de velho morre o
Astuto guri que fez o que ela queria
E permanece no mundo vendo tudo.
Bebe de canudo para não sujar a boca
No copo mal lavado, ele julga.
Mal podiam mudar, as coisas, não se
Permitia. Era um pouco como falar outra
Língua, só que não divertido.
Caçamos os cada momentos.
Busco silêncio pois o barulho
Perfura.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

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Não tinha aqueles acessos de fala

Do tipo que se apossa do corpo e faz alguém falar

Simplesmente falar...

Sobre qualquer coisa, qualquer desespero acumulado

Pesando mais do que o corpo pode carregar.

Ele sabia escutar.

Escutava com os olhos, o coração, os ouvidos, o nariz,

A boca e o pau.

Não tinha motivos, talvez só pelo fato de ser divertido

Escutava muita coisa, e falava só quando precisava.

Escrevia quase sempre, era como se fosse um hábito.

Há quem diga que é terapia.

Poderia ser um ato egoísta.

Escrevia com os olhos, o coração, os ouvidos, o nariz,

A boca e o pau.

 
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domingo, 10 de julho de 2011

Inverno




Tenho tantas idéias brilhantes no banho…

Mas enxugo-me tanto,

O que sobra

É pingo.



10/07/2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Cheiro de Madeira

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O monolito grita para o gato no deserto da escada.
E a lua, sua maior amiga, acena para sua grande inimiga.

Penso sobre isto. Paro, reflito. Dou um trago.
Continuo, com meu capuccino.

E Herman não poderia, de forma alguma ser um personagem jovem.
Não com esse nome. A não ser que fosse gay. Herman.

E até a xícara de zebra, toda amarrotada,
Toda cheia de sedes, me brinda com leite.

Eu já peço café com conhaque, talvez um whisky.
Poderia passar sem nenhuma bebida, nenhum fumo.

Sei que risco eu correria, talvez por isso me abstenha do plano.
Sei que parece mundano, mas é isso mesmo o que parece.

E a quermesse me avisa que ainda devo permanecer em casa.
Até que a música acabe.

Até que os sinos não se toquem ainda no balançar
Que soa bonito para quem está perto, som de vôo.

Que a festa acabe, as luzes se apaguem, os comerciantes, felizes
E cansados, desmontem suas barracas sem se falarem.

Até que eu perceba outro lugar em mim.
Pode levar muito tempo, menos que mil.

 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Carta do Leitor

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Acho que, se escrevi dez cartas na minha vida, foi muito. Difícil vai ser lembrar de todas essas possíveis dez ocasiões. Cinco eu já nao lembro. Enfim, a questão é que eu preciso trocar cartas com uma pessoa que não sei quem é, pois ela ainda não existe. Essa pessoa, essa mulher, acredito eu, será muitas. Serão cartas para pessoas diferentes e, no entanto, para a mesma pessoa. Você acredita em Deus? Porque eu sou assim: se você diz, eu acredito. Acredito em tudo o que me falam e dá trabalho administrar isso. Se sofro? Pra caralho. Se tiver que chorar eu choro, também. Foda-se. Sou homem, sim. Se homem não chorasse, eu não seria capaz. Por enquanto vou escrevê-las no computador, digitando. Posso dizer que é uma novidade, posto que as cartas que já escrevi estão no papel, e quem as têm, tem sorte. Não faço cópias. Acredito no que me dizem. É fácil explicar: eu acredito em tudo o que me dizem, duvidando. Acredito duvidando. É cinquenta por cento, não é matemática. É preciso certa idade, são anos de aprendizado. Para mim foram centenas. Não sei quando terminará. Estou aguardando muitas coisas. O que não posso buscar, pois que mora noutro, aguardo. Aguardo pacientemente. O tempo é ilusão. O tempo são milhares de cartas sobre meu corpo sangrento. Não, o sangue não é meu. O sangue não é meu! Que tem sangue? É apenas sangue. Move-nos. Movemo-nos porque há sangue. Escrevo apertando teclas ao invés de sentir pena. E ainda assim, penso que sofro. E ainda assim, reclamo. E ainda assim, quero sempre o melhor. O melhor. Não vou filosofar sobre o melhor. O melhor é o melhor. O melhor é melhor. A palavra é essa, a palavra foi feita para definir, feita para explicar. E nisso reside sua beleza. A palavra encerra a idéia. A carta encerra muitas idéias, inclusive a ideia de encerrar uma carta. A idéia de encerrar cartas. Tudo bem, eu aguardo a minha carta, querida desconhecida. Você pode ser quem você quiser. Me escreva algo. Pode ser um e-mail, mas deve ser carta. CAR-TA. Os meus castelos não quero de areia.

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

sempre quase

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Venha quando quiser
Volte sempre
Minhas portas estão abertas
Meu peito também
Meu coração, que nunca meu foi
Diz adeus e te vejo depois
(Sempre foi seu)
Desde o primeiro som