domingo, 28 de agosto de 2011

Lonely Rider/ Viajante Solitário


.



I have no past.
I have no future.
I am a lonely rider.
In this huge now.



Não tenho passado.
Não tenho futuro.
Sou um viajante solitário
Neste imenso agora.



.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

não pense que é sobre você, se quiser.

 .

papel
seda
curativo nestas portas
neste exato momento sinos tocam diariamente
noite prática imagem tola
sentimos bem o sentimento vontade que liberta
fluindo horas e não
apenas o quase nada
precisamos para passar
e perambular por aqui
onde sou
negando e vendo o sonho
venha mais perto
troque
eu sou eu quando
pensa que é você
e vai
sinos tocam
diariamente e eu troco
o igual, o aceso, eu gosto
da mulher
real
que toca

.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Cara do Instinto


 .

Que vento forte!
Ouço o som que faz o ar em movimento
Entrar pela fresta que duas janelas corrediças
Fazem ao se sacarem inteiras.

E quando silencia, um ou outro assovio
Grave em meus ouvidos enquanto toca magia
Pela fresta do silêncio robusto.
Aparentemente, um blues.

Aparentemente não é uma boa palavra
Para resolver isso, já que este lugar não é aparente.
Dele não há o que falar.
Instintivamente, sinto-o.

E até isso é apenas forma de me comunicar.
Não existe, de fato, a coisa em si, no que escrevo.
Mas se não escrevo, não sou lido,
Não alcanço seus ouvidos, seus olhos, sentidos.

Todos querem saber sobre o que penso.
Todos querem ler o que escrevo, é natural.
Assim como comer um alimento, nadar em uma praia,
E não comer uma praia, nadando em alimento.

E o vento permeia a periferia do bairro
Me deixando em êxtase com o som do nada.
Nem teclas de computador, nem a falta da música.
O vento é o movimento de levar.

(E vou, ao sexo da música,
Ao paladar da fruta e da ação,
Como uma caneta eu tivesse na mão,
A tinta me faltaria uma hora dessas,
Mesmo com tantas e tantas apenas promessas.)

 .

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ao final da tarde de inverno

.

Eu posso falar de fantasmas e monstros e vampiros
Sem sair do meu pequeno abrigo frio
Entretanto, para que me afaste de qualquer perigo,
Posso caducar e fingir ser outros seres também

Na noite escura há quem saiba quem sou?
Creio que durante o noturno caminhar dos tempos
O meu corpo já saiu várias vezes de mim
Fica sufocado, vez em quando, dentro de ser humano

 .