domingo, 1 de julho de 2007

Eu nunca fui ao Egito, e aquela garrafa bonita não era minha. Era brincadeira. Uma coisa meio boba de tentar impressionar, não como cantada, mas como assunto. Enfim, acabou tudo, e tivemos que sair em certa pressa, pois o choro eminente quase brotava, mas no fim, não era nada. Bastava olhar alguma outra cara, o que não aconteceu. Lentamente acomodava em semblante algumas sombras, nem lembrava da bela tarde de teatro, como alguém chamou. E foi. Depois pensei que tudo pode atrapalhar. Um atraso, um cansaço, um incômodo, uma alfinetada. Por que será que há provocações? Isso acontece com pessoas que tem algo indefinido. É como se gostassem um do outro. Será que podiam? Estavam na vida, e isso era tudo o que importava. Quebrava-se assim qualquer regrinha boba, porque queremos ser felizes, no fim, no meio, agora. E eu me achei tão antiético, asqueroso, corrupto, ouvindo tantos elogios dirigidos ao meu ator. Ele não precisava. Quem precisava era eu homem, eu alma, eu pessoa, que seja. Pode ser que seja um começo. Quero tudo, quero tudo e a vida acaba assim.

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