segunda-feira, 20 de abril de 2009

da democracia.

É. A vida não é democrática. Também não é justa. Tenho algo entranhado em mim, um senso de justiça. Me é estranha a lembrança de qualquer episódio específico em minha duvidosa história pessoal, que possa explicar este senso de justiça. Ele é totalmente claro, exposto às tripas em meus textos, na minha escrita. Em como eu me sinto, muitas vezes "superior" a tudo isto. As aspas justificam (sempre a justiça) uma diferença, digo, não carrega nenhum valor moral. Portanto, quando digo a palavra "superior", poderia estar dizendo "inferior","arca", ou "sorvete de caju".
Todos os dias que saio para a rua, me deparo com situações que me fazem pensar. Às vezes penso, às vezes não. Hoje eu tenho a sensação de estar deprimido, e isto é um luxo. O Roberto Carlos, por exemplo, está celebrando 50 anos de carreira, numa enorme festa em sua cidade natal - Cachoeiro de Itapemirim. Será que ele está melhor do que eu? Quando digo "eu", não me refiro pessoalmente a mim. Poderia dizer "eu" como digo "você". Não há democracia em lugar nenhum, chego à conclusão. O sonho não é democrático, nem o amor, nem a família, nem o governo, nem o país, muito menos os meios. Alguém disse que apenas a morte e a nudez igualam todos os seres-humanos. Pensemos em uma sociedade regida pela morte e pela nudez. Não necessariamente nesta ordem.

Um comentário:

Najua R. Castro disse...

essas ordem são coisas do demo

;*