quinta-feira, 18 de junho de 2009

O som de estar imerso em água.




E nadamos à beira da arte
Andamos num embalo profundo
Mas não é simples querer de verdade
É preciso coragem
Pra amar
E não ver a desgraça
Que é pensar ser feliz
Num mundinho engraçado
De lápis de cor

Estamos esmagando vantagens
Comendo chumbo amassado
Bebendo suco gástrico
De fruta do conde
Só queremos um dengo
Um amasso bem safado
Veneno do dia
Da vida ridícula
Da escola e trabalho
Um tesouro enterrado
Em outro planeta

E chorando chupamos buceta
E saímos de lado
Quebramos vidraças
Com pequenas garrafas de pinga
E somos sempre tão SÓBRIOS!
Nos arrastamos e olhamos nos olhos
Sabemos a verdade
Sabemos que a verdade
Está no que silenciamos


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