sábado, 8 de agosto de 2009

Sinfonias de Lebret

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E não há também muitas em quem confiar. Dizem que sim, que sim, que sim, mas é não, não, não.
Sem problemas. Confusas, muitos problemas. Não estão ocupadas nunca. No entanto, sempre atarefadas.
E eu observo o desfile sem querer precisar ter o que vejo. Ficou distante. Um olho de vidro.
Ver os bichos no zoológico, macaco amarelo, gigante pato, adormecido javali do mato.
Free jazz sound a little far away from the ventanias que ocorrem ao entardecer de um dia num campo aberto.
Branca. O pelo negro me avança e eu perco a dança. E como sempre, tudo se mistura num vazio igual.
Cada lado tem o seu valor, sendo que os lados maiores têm, como de praxe, maior valor.
E sai. Assim, num repente, vento que traz melodias passadas e faz lembrar de coisas bonitas que foram ditas.
Não foram vividas, foram apenas sonhos, sonhos, sonhos, abrindo a noite para o sono.
E quase não se dormia mais lá, o que acontecia? Algum despertar sotur-noturno?
E se fosse, seria mágico. Seria magia, assim como nunca olhamos em nossa volta o que verdadeiramente há.
Queremos gostar, mas simplesmente perdemos a força. Nós quem? Eu estou como um vulcão, a ponto de explodir.
Não vou e nem quero, muito menos preciso explicar o que escrevo aqui, ou em qualquer lugar. E eu faço.
Quando digo que faço – é como um desafio – eu vou lá e faço. Se não fizer é porque estava certo.
Neste mundo, como seres humanos, não pode haver a mínima dúvida em nossos atos. É apontar e atirar. E o fenômeno chamado tempo não permite que se atire para todos os lados. Estamos idealmente cercados.


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2 comentários:

C. disse...

Se já contei, conto de novo: uma moça que trabalha comigo esteve poucos meses atrás na Tailândia. Disse que lá há um só tempo verbal. Fiquei intrigada: e se tudo fosse presente?

Rafael disse...

E num é que faz sentido? Eu acho que faz...