quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Complatéia

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Me torno contemplativo. Tento e não sei se consigo executar até o final, mas tento ir balançando um pouco, de um lado para o outro. Assim posso pensar que estou abrangendo de tudo. E vou partir, partindo o mapa que nos une. Águas salgadas nos separam. Ares de cânone. É um tal de gente pulando e festejando... Oba! Ihu! Yêêê!
Um ou mais corações partidos. Tudo parte. Parte de uma história com um jogo lindo, no Tarot da mais bela. E como uma flecha, um jato, vruuum! Passa raspando, só ouço o zumbido segundos depois. Paro para respirar certo e beber um gole do vinho que bebo.
Estou vestido com uma roupa de despedida. Sério. Anel no dedo. Faz parte de quê? Jogo, o substantivo. E todos se foram, todos se foram no último dia, só para não olhar para mim e pensar no fim. Despedidas são sempre estranhas. Tristeza, alívio, esperança, alegria. Que? É tão estranho este momento. Que sapatos são esses? Só agora?? Se não fosse hoje, o “se não fosse hoje” não seria o “se não fosse hoje”, seria o “se não fosse hoje”, não seria? Não. É surpresa! Queria não levar tantas coisas, tantos objetos. Gostaria de sentir se devo levar este. Vou para o leste. Agora sinto que não demoro por lá. Isso é interessante, pois o que sinto agora não tem relação com o futuro, aos olhos de algumas pessoas, mas quase sempre acerto, é impressionante.


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