sexta-feira, 8 de julho de 2011

Cheiro de Madeira

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O monolito grita para o gato no deserto da escada.
E a lua, sua maior amiga, acena para sua grande inimiga.

Penso sobre isto. Paro, reflito. Dou um trago.
Continuo, com meu capuccino.

E Herman não poderia, de forma alguma ser um personagem jovem.
Não com esse nome. A não ser que fosse gay. Herman.

E até a xícara de zebra, toda amarrotada,
Toda cheia de sedes, me brinda com leite.

Eu já peço café com conhaque, talvez um whisky.
Poderia passar sem nenhuma bebida, nenhum fumo.

Sei que risco eu correria, talvez por isso me abstenha do plano.
Sei que parece mundano, mas é isso mesmo o que parece.

E a quermesse me avisa que ainda devo permanecer em casa.
Até que a música acabe.

Até que os sinos não se toquem ainda no balançar
Que soa bonito para quem está perto, som de vôo.

Que a festa acabe, as luzes se apaguem, os comerciantes, felizes
E cansados, desmontem suas barracas sem se falarem.

Até que eu perceba outro lugar em mim.
Pode levar muito tempo, menos que mil.

 

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