sábado, 23 de julho de 2011

Perfura




Quer comunicar, mas a
Comunicação só se dá
Numa troca onde um emite
E o outro recebe.
Percebe que a comunicação
Só se dá quando por mais de um sujeito
Ou objeto. Relampejar
É como as noites de luar
Mas menos claras. E este
Raio que lampeja é raio
Que também despeja o
Resto de trevas que há por vir.
E navegar, adentrar, explorar e sorrir,
Pois em trevas sempre nelas, nadamos
E assim sentimos um pouco de vida,
Ao tato com o desconhecido, frente ao abismo,
Sob pressão, manifestando o aqui.
Comum a todos, aqui. Diferente
De cada um, cada um por si.
Tirar a máscara, que caia.
Falar e falar, e falar…
Repetir, repetir, repetir…
Já não há caminhos.
Apenas formas de ir.
Dias de sol, dias de chuva,
Claros, negros, pálidos, azedos.
A reforma havia sido feita, finalmente.
Afinal, todos que se comunicam
São parte de um grupo de troca.
De informação, idéia, por aí.
E sabemos que, de velho morre o
Astuto guri que fez o que ela queria
E permanece no mundo vendo tudo.
Bebe de canudo para não sujar a boca
No copo mal lavado, ele julga.
Mal podiam mudar, as coisas, não se
Permitia. Era um pouco como falar outra
Língua, só que não divertido.
Caçamos os cada momentos.
Busco silêncio pois o barulho
Perfura.


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