segunda-feira, 21 de março de 2011

dois compassos de dança e um gole de dignidade

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Dia sim, dia sim
Tento decifrar o seu jeito
De repente mais pra cá, mais pra lá
Qualquer coisa que vire defeito

Uma obra genial
De um artista inacabado
Sem espelhos,
Ele tenta remover seus monstros

Quem é que não sentiu piedade
De si mesmo?
Desse mês, morrer é certo
Resistir apenas ao sono e à idade

Qualquer instrumento
Criação de criança é vento
que sacode meus terremotos
Oba, brinquedos novos

Olhar para os lados
Lados são tantos, poucos olhos
Quantas possibilidades
Batem com o que concordo

Depende da hora
Sempre perfeita a obra
Quase nunca pronta, demora
Custa o tempo de uma vida fora

Vejo muito bem
Perfeita, você
Cheia de detalhes
Para entreter

Viajar é uma opção
Dar vida ao fruto
Beber para sempre do seu suco
Fazendo conchinha com as mãos

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Um comentário:

Natasha Pinto disse...

posso pedir dose dupla? da dignidade, digo.