quinta-feira, 21 de abril de 2011

Peixes Voem

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Ninguém esta disposto
A sentir alguma dor.
E acho que com o passar
do tempo, nos afastamos das raízes.
É possível que, em algum dia de sol,
Peixes voem.
Na chuva mais fina,
nós seremos seres aquáticos.
Nadaremos para adaptar
o mundo ao grande ego humano.
Que já esqueceu do amor.
Sentir não é necessário.
Ninguém está disposto
a olhar o outro nos olhos.
E acho que com o passar da noite
seremos água-viva na areia.
No amanhecer do caos,
O bonito acaso.
Que não há.


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2 comentários:

Anônimo disse...

Fazia tempo que eu não vinha. Andei esquecida de tudo. Foi quando li seu comentário ali na pobre rima, lembrei. Sua pena continua afiada. Lindo poema. E triste - e talvez uma coisa da outra decorra. Você, de qualquer maneira, tinha razão.

Isabella disse...

Rafael, como gosto de seus textos...