quinta-feira, 19 de abril de 2007

Aqui enterro e depois piso nos meus próprios pés para saber que não há nada a dizer sobre isso, então. Cale-se, Tróia, já que uma vez não bastou para reconhecer-te no espelho de água que se formou na sarjeta daquela rua escura e, no final, torta. Ricota dentro de um sanduíche é algo que faz pensar. Sabor de guaraná de refrigerante, aquele parecido com a fruta vermelha, esmalte laranja. E só assim, alto, do alto, ou como quiseram chamar, só assim...faço disso uma coisa concreta sem me preocupar com ligações e sinais de linguagem corporal, facial, musical, teatral, contemporânea. Nada disso. Continua o chato, pois se ele pára, o mundo continua e ninguém segura o mundo. Ele é grande. Mundo é grande porra nenhuma. Pensa em tudo. Tudo!
Pensa nada. Nada e não pensa, faz e não pensa, não pára, se pára, não começa. Parado, sem o menor comprometimento em me mover, e nem poderia, já que agora sou fraco dentro deste buraco. Existe um lugar na terra, ainda se pode ver o brilho, as fibras. Portas estão abertas. Quem sabe entra, quem não sabe...
Existe um prazo? Mas é claro. Existe um prazo. Obrigado, sorte. Limpar suco de caju na prateleira do teclado...não quero nem imaginar. Vou dormir. Talvez sonhar.

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