terça-feira, 26 de junho de 2007

E aos poucos vou conseguindo sair desse sonho.
O tempo, sempre ele, passa rasteiro
e corre como o vento que nos sacode os cabelos.
Se olho bem, é estranho, vejo que não há aquela beleza.
Se olho bem melhor, a beleza não chega nem perto.
Foda-se a beleza, a paixão, foda-se a vida de romantismo e, cercado num emaranhado de terceiros, me vejo ridículo, apontando os erros num excesso de desespero que nem sequer existe em certeza. Respira. Olha, olha, sente o cheiro e vê, escuta os passos dos próximos cúmplices dentro da guerra de volta para a casa.
Acho que aos poucos vou saindo do sonho, saindo......saindo do sonho.
Insisto e preciso, porque lá fora gira a roda de vida, o coração ainda bate e não sinto ainda a hora me bater por vez definitiva. Existem muitos outros sonhos, existem muitas mulheres, existem dez mulheres para cada homem. Existe apenas uma. Ela existe e eu quero, como um caçador mesmo. Salvem os deuses que protegem os tímidos, ouvi algo assim, e que seja verdade que existam tais deuses.
Saindo, velas, tripas, nada disso, nada disso me faz a cabeça, quer dizer, nada disso junto. As velas sim, mas tripas...não, acho que não. Não há mais nada por aqui. Posso ir embora? Deixa eu sair. Que seja a hora de amanhecer, não pode ser que haja uma saída?
Eu acredito no amor, digo imitando o ator que faz o idealista romântico idiota, é, acredito no amor. Acreditar... Desejo move o universo?

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