sábado, 23 de junho de 2007

Entre eles todos, vou eu andando ou muitas apenas flutuando os pés no caminho de pedras inexatas. Sempre por ali, eles gostam de flertar com meus andares por mais que eu queira sair e não enxergar o que me dão. Quando ando, não sei aonde vou, é recorrente, mas vou procurando umas velas e penso nela. Apaga-se a luz na casinha de verde e eu já nunca pertenci àquele lugar, por mais que eu queira, por mais que eu vá até lá e sinta que as pessoas não são a minha onda. Tinha um tal de Rafael e eu me via ali, mas ficava embaçado e assim não pude ver bem se eu poderia estar lá na imagem. Era alguém mais apagado, eu brilhava, brilhava muito e era claro, a luz emanava, eu estava ali aberto para o amor. Os passos iam seguindo o alto e cruzaram com as mulheres perseguidas. Fingiram que não era nada e continuaram até o pátio vazio, e tocava uma música muito silenciosa, aquela que sempre toca. Eu lembrava dela o tempo todo e acabava indo embora sem nada, porque dizia não ser orgulhoso, mas um pouco eu era sim. Eu queimava uma ponta e de repente sentia que o mundo era mais. Não por isso, mas pelo efeito do tempo, ele que cicatriza as feridas que ruminam. Depois de alguns momentos de distração, voltou ao chamado “mundo real”, onde as pessoas sentem coisas estranhas, como essas coisas que tenho sentido tanto. Espero que aquele desejo da cor verde também seja realizado, porque houve empate. É justo. Estranhezas de quem ama e não pode, de quem vê e não sabe escolher.

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