sábado, 30 de junho de 2007

O elfo estará olhando para você
ao virar a esquina dos elfelês
Algo irá mirar na sua cabeça
O vento envolverá tudo.
Terá uma boa noção de sua amiga morte.
Ouvirá seus conselhos.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Olha! Correm atrás das borboletas.
Veja só! Os macacos pendurados nas árvores.
E daí?
Eu não vou dar comida aos animais.
Eu sou animal.
Você está triste?
Você está feliz? Não, em geral posso dizer que a minha vida não passa de pequenos momentos de euforia, seguidos por longos dias de espera por alguma coisa que não sei o que é, e nem me interessa saber.
Sofro. Sofro pelo maior motivo do mundo. Sofro por amor. Sofro de amor. Amor.
Que assuntos mais pungentes? Amor, morte. Vida.
Eu venho aqui hoje triste e, sabendo que a tristeza é apenas uma transição, sorrio. Felicidade é estar com você. São esses pequenos momentos. Momentos. Agora.
Estou confuso. É estranho mesmo, o medo existe e no entanto não me sinto a ponto de parar. O medo não me pára. Contudo, o medo tem me vigiado muito e não tem me dado espaço para fluir no espaço que me cabe. Sinto que ela vai passar. Triste. Eu não queria assim, poderia continuar. Talvez isso acabe como num estalar, um pequeno olhar, um gesto. Eu quero você. Preciso dizer. Agora está dito. A seta foi lançada e ainda não chegou ao alvo, ou talvez esteja lá, calada. Eu espero, como sempre. Como meu doce, como sempre. E venho, mais uma vez triste. O vento corre por meus traços mais alegres e nem percebe a lágrima que nasce no lugar invisível. Ela vai buscar um doce, ela dança e é linda. Linda não, linda é quase nada. Eu me sinto bem nela. Ela é para mim, eu egoísta. Me sinto capaz de levar ela ao melhor da vida. Mostrar o mundo. O mundo imprevisível, misterioso, sem julgamentos.
Os olhos denunciam uma coisa sem explicação, um mistério, eu gosto mas me sinto nu, como se estivesse totalmente vulnerável, e fraco. Ridículo, um babaca. E ainda digo que gosto. É incrível.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Talvez seja o inverno um bom tempo para escrever.
Um bom tempo para se viver, para achar que vale a pena o morrer para amar.
O frio que ameaça chegar no rio, acolhe o corpo e vamos em frente, com teatro
Com música, com conversas suspensas em mistérios
Entre pouca coragem e muita vontade.
Em alguns lugares, a neve branca cai nas cabeças, enfeitam carros.
Por aqui ainda somente as ondas estão chegando na calçada.
Bom tempo, o inverno, para se terminar uma coisa que foi legal.
Bom tempo para se começar uma coisa que vira tudo ao avesso.
Uma sacudida e um grito pedindo para acordar.
Esquecer desse mundo que dizem que.
Voar e tocar, sentir com tudo os átomos se misturando.
Dançam. Pode ser parecido como a dança que fiz, sem compromisso.
O mágico está nessa forma de fazer mágica com o que acontece.
Acontece sem se perceber, e só depois sabemos. Mágica.
E lá fora chove como o choro que quer cessar, mas ainda falta aqui dentro.
Falta alguma coisa, e ela vai caindo e se escuta alguns barulhos de pingos, de gotas.
A chuva que diz: limpa. Leva o que já foi bom, e aconteceu. Deixa viva a sua vida.
E aos poucos o inverno vai ficando confortável.
O que será da minha miopia, depois?
E hoje, sinto que isso me tira um tempo...

E então de meu corpo, que hoje desfruta de força?
Agora sinto que sim, mas não sei, é frágil.

Pisando nas pedras do céu, nuvens.
São duras e feias, as nuvens e fraquezas.

Os códigos indecifráveis
Atrás dos olhos, decifro-te inteira.

Sei nada sobre o que será de mim, sabes?
Que será de você se não deixar eu te salvar.

Me deixa ver nesse imenso emaranhado
De viagens turvas e coloridas sem contornos

O que será de mim, depois que acabar?
A vida será, sem amor, um apenas nada que não acaba.

O som do sopro grave te chama? A mim.
Se estou rindo, é porque sofro, menina.

Cala a minha boca.
Antes da besteira que eu possa falar.

Cala com beijo e me dá um pedaço de alegria
E amanhã, seja lá o que for disso, amanhã será.
E aos poucos vou conseguindo sair desse sonho.
O tempo, sempre ele, passa rasteiro
e corre como o vento que nos sacode os cabelos.
Se olho bem, é estranho, vejo que não há aquela beleza.
Se olho bem melhor, a beleza não chega nem perto.
Foda-se a beleza, a paixão, foda-se a vida de romantismo e, cercado num emaranhado de terceiros, me vejo ridículo, apontando os erros num excesso de desespero que nem sequer existe em certeza. Respira. Olha, olha, sente o cheiro e vê, escuta os passos dos próximos cúmplices dentro da guerra de volta para a casa.
Acho que aos poucos vou saindo do sonho, saindo......saindo do sonho.
Insisto e preciso, porque lá fora gira a roda de vida, o coração ainda bate e não sinto ainda a hora me bater por vez definitiva. Existem muitos outros sonhos, existem muitas mulheres, existem dez mulheres para cada homem. Existe apenas uma. Ela existe e eu quero, como um caçador mesmo. Salvem os deuses que protegem os tímidos, ouvi algo assim, e que seja verdade que existam tais deuses.
Saindo, velas, tripas, nada disso, nada disso me faz a cabeça, quer dizer, nada disso junto. As velas sim, mas tripas...não, acho que não. Não há mais nada por aqui. Posso ir embora? Deixa eu sair. Que seja a hora de amanhecer, não pode ser que haja uma saída?
Eu acredito no amor, digo imitando o ator que faz o idealista romântico idiota, é, acredito no amor. Acreditar... Desejo move o universo?

segunda-feira, 25 de junho de 2007



da sala de ensaio...

Ele finge tudo

Finge dançar ao mundo.
O homem cego finge ouvir melhor.
Ele finge tudo.

Um brinde que tanto se espera.
Tim-tim, fazem copos de cerveja que
Comemoram apenas uma cena.

Sentiu, sofreu, enfim, eu.
Alguém, não sei, alguém que é ela.
Espera, espera, espera. Hora errada. Morreu.

Gelos em cubo fazem quadrados azuis
Amarelos em copos fazem pessoas tristes
Mais quantidade, por favor, pessoas e copos nus.

Pode ser brilhante.
Se ama, erra. Mundano.
Qualquer ser errante.

Carrega o que precisa.
Deixa ele e vem comigo,
Eu te carrego. Você carrega a comida.

Mundo outro que é bonito.
Tons de vida, muitas estrelas
Que em sua presença, céu colorido.
Como é levar uma porrada, uma surra da vida e a chuva cair desprovida de pudor?
Falta respeito nesse mundo torto e miserável, que deixa livre o mais idiota dos idiotas solto só para fazer obstáculo no meu caminho de amor.
É assim, como sair com a mulher, e estar apaixonado por ela. E aí ela começa a falar que ama o namorado, que tem medo de perder o namorado, que está muito feliz...
Pelo jeito ela já conhece “aquela minha cara de quem ta gostando muito” e fico na dúvida ligeira se percebe a crueldade com que ela aplica tudo isso em mim. Sim, porque é estar apaixonado por ela. Apaixonado, entendeu? Falta cerveja, talvez algum vinho, droga que faça eu falar, droga...mas eu falo tanto, será que ela não percebe?
Ele vai percebendo cada instante, cada um que vai. Ele perde algumas chances, achando que não morre e no fim, acaba sempre faltando o momento certo. Que merda de “ele” é essa? Coisas que não se separam e terminam sempre muito separados, autor e personagem, criador e criatura, pai e filho. Poderia até falar mesmo, não ter nenhum tipo de rédea mas e aí, o que aconteceria com tudo? Estou quase pagando pra ver o que aconteceria, sinceramente. Acho provável que eu bata com os dentes na parede e caía, agonizante como uma barata que sobe um espelho de banheiro de boteco.
A chuva bate forte, como um aviso do mau tempo em todos os caminhos previstos, e fico preocupado porque não sei mais do paradeiro daquela menina dos olhos cheios.
Não chovia mais, foi só um sinal para que houvesse algum tipo de feitiço contra mim, contra meus desejos, umas brincadeiras. Enquanto se preparava para ir embora, achou que não poderia ainda suportar o papel secundário. Queria ela inteira.

sábado, 23 de junho de 2007

Entre eles todos, vou eu andando ou muitas apenas flutuando os pés no caminho de pedras inexatas. Sempre por ali, eles gostam de flertar com meus andares por mais que eu queira sair e não enxergar o que me dão. Quando ando, não sei aonde vou, é recorrente, mas vou procurando umas velas e penso nela. Apaga-se a luz na casinha de verde e eu já nunca pertenci àquele lugar, por mais que eu queira, por mais que eu vá até lá e sinta que as pessoas não são a minha onda. Tinha um tal de Rafael e eu me via ali, mas ficava embaçado e assim não pude ver bem se eu poderia estar lá na imagem. Era alguém mais apagado, eu brilhava, brilhava muito e era claro, a luz emanava, eu estava ali aberto para o amor. Os passos iam seguindo o alto e cruzaram com as mulheres perseguidas. Fingiram que não era nada e continuaram até o pátio vazio, e tocava uma música muito silenciosa, aquela que sempre toca. Eu lembrava dela o tempo todo e acabava indo embora sem nada, porque dizia não ser orgulhoso, mas um pouco eu era sim. Eu queimava uma ponta e de repente sentia que o mundo era mais. Não por isso, mas pelo efeito do tempo, ele que cicatriza as feridas que ruminam. Depois de alguns momentos de distração, voltou ao chamado “mundo real”, onde as pessoas sentem coisas estranhas, como essas coisas que tenho sentido tanto. Espero que aquele desejo da cor verde também seja realizado, porque houve empate. É justo. Estranhezas de quem ama e não pode, de quem vê e não sabe escolher.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

terça-feira, 19 de junho de 2007

Eu tenho que continuar olhando, acho que se eu perder alguns momentos posso perder tudo. Nada se repete na vida, e temos que escolher aquilo que é certo naquele momento. Pronto. Resolvida essa questão, posso declarar qualquer coisa, seja verdade, seja mentira. Conceitos questionáveis em si, mas não se deixe levar pelo romantismo e ilusão de tudo o que acontece. Deixe-se saber que é tudo mentira, tudo mentira, quando se quer representar. Se for pegar, pega. Se for beijar, beija. Se for bater, bate. É tão fácil quando chegamos a uma simplicidade que se preenche como uma mola no coração. E seguimos por noites sombrias, com muita pureza de espírito. Verdades que se jogam sozinhas no escrito, pois quando sou livre não tenho mais dedos, nem mãos, nem mente, eu sou apenas uma coisa que não sei o que é. Sei ser, mas se penso, esqueço tudo. Tenho que continuar olhando, pois apesar de achar mais deslocada, tem um charme tão especial. Poderia fazer tudo errado, e no fim seria muito certo. Para mim tanto faz. Quero que seja logo, para que possa ser. Chegamos a um lugar indecifrável, coisas que ficam escondidas e vamos em frente. No escuro. Teatro da escuridão.

"Living is easy with eyes closed
Misunderstanding all you see"

- Strawberry Fields - Lennon e McCartney

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Para se manter no círculo mágico que é esse disse-me-disse das pessoas envolvidas, penso e reflito, às vezes. Não é preciso muita exigência para um cérebro descontente de estar ali prestando um mero serviço favorável ao acaso. Até que eu resolvi sair um pouco e passear pela orla, e vi que o mar ultimamente não está muito tranquilo. A água tem se mostrado por aqui em chãos e avenidas, mas não em forma de bebida para muitas famílias aflitas. Não sei do que falo, pois não sei mesmo e agora acho que muitas coisas poderiam acrescentar ao trabalho que faço. Por aí dizem que...coisas sociais, não sou muito interessado nesses assuntos, assim como futebol como fanatismo. Futebol é muito bom de se jogar, de se assistir. Melhor, e sem dúvida nenhuma, é se apaixonar. Quando vejo o que vejo, sinto vontade às vezes até de chorar, digo "até" por causa da nossa cultura da fragilidade do sexo feminino, o que é completamente absurdo. Eu faria tanto. Eu falei. Se formos até o infinito, voltamos?

sábado, 16 de junho de 2007

Ás vezes eu fumo uma erva, e o barulho da televisão me irrita.
Digo que é barulho porque som é coisa que se pode escutar.
Música triste se repetiu várias vezes, e agora preciso de alguma coisa bem agitada.
Alguma coisa que seja um pouco nojenta, um pouco...algo que cause uma certa revolta.
Depois amansa, e com um pequeno esforço da amada, ele se alegra. Vê o mundo colorido novamente. Ele tem dois amores. Um que dorme, outro que acorda.

No final de sua resistência à tanta carência reprimida, ele finalmente consegue sentir.
Sentir o toque de alguém. O toque, meu deus! O toque! Então era isso o que faltava!!!
Ele precisava que ela o tocasse, mesmo que fosse para acordá-lo de qualquer sonho bom. O sonho era um paraíso que se mostra lindo no início, mas que aos poucos vai tomando uma forma medonha e escura, assim como quem vai nos engolir, e depois ficaremos lá para sempre. Vivos, porém dentro de um vazio interminável. Um escuro que não tem mais fim. Ele precisava daquele toque.

Às vezes eu ordeno às estrelas que não apareçam. Como quem odeia tudo, não quero a presença de nada, de ninguém. Não quero a minha presença. Não quero sair de mim, porém. O corpo sabe que precisa ficar, e no entanto, brinca em linhas transparentes, podendo cair a qualquer instante e morrer para sempre. Esse balé sobre a linha é uma guerra nojenta. È verdade, não se assustem. Não se espantem. A vida é uma guerra.
Eu quero paz. Eu quero paz, sim. Eu preciso desse toque, eu sou capaz de cometer alguma loucura. Sabia que a loucura era burra.

Ela sabia que precisava também do seu toque. Sabia tudo, e por isso, continuava infeliz, zanzando por entre seus pensamentos de espinhos, e suas tesouras de unha. Estava presa. Sim, presa como um presidiário na cela fechada, mofada. Era vida saindo do mofo. Bactérias que evoluem dentro da cadeia. Precisava daquele toque, e era urgente. Ela não sabia. Pensava muito e, como quem pensa muito, teve medo. Sentiu pavor da vida bela, do amor poeta, do cinema moderno, do sol. Não queria a luz. Havia se tornado o próprio mofo. Ela sabia que precisava, mas tinha medo de viver.

E continuaram. Precisavam e se arrastavam.
Desesperado. Desesperada. Não pensem vocês que estas palavras significam a mesma coisa em gêneros diferentes. Ele queria viver, lutava. Ela precisava, queria morrer.
Em poucas horas se sentiram tão distantes que tiveram que continuar.
Ela precisou daquele toque até a sua última respiração. Salvaria a sua vida. Morreu.

Continuou pensando, e depois de um tempo, achou que deveria parar.
Ele não precisava mais. Estava livre. Olhou em volta. Olhou para o espelho.
Sorriu. Não com um sorriso, mas com o corpo. De repente uma luz brilhou, não como brilha qualquer luz, mas uma luz brilhou como só ela. Ele se virou em direção à porta.
Abriu. Não reconheceu o mundo que viu. Sem motivo nenhum, e nem precisava, correu.
Correu muito, correu sem parar. Correu sem parar.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

- Vai querer mais?
- Acho que não.
- Mais leite, não?
- Acho que não.


- Vá indo na frente, pegando as chaves.
- Tá bom, enquanto isso vai comer alguma coisa.
- Tá bom, faz o seguinte: vai vendo isso que eu vou ver se como alguma coisa.
- Foi isso o que eu falei.
- Ah. Então tá.


- Vê isso aí, se vale a pena.
- Que isso?
- É um negócio aí da TIM, que paga menos que telefone fixo e.
- Eu não sei nada sobre isso e não trabalho na TIM.


- Eu te amo.
- Vamos embora? Tá tarde. Quero ir pra casa.
- Eu te amo.
- Shh.


- Você pode me dar um trocado pra eu comprar um salgado?
- Eu tenho metade de um salgado ainda fresco, aqui. Toma.
- Não, obrigado. Não gosto de orégano.
Quase atropelou o ciclista na avenida
O burro homem que controla o carro,
O grande carro amarelo.
Ia atropelar seu futuro genro.
Perdeu o neto.

Deixou o dia ir embora sem beijo.
Ficava agora babaca, sentimental.
Pode ser que amanhã.
Perdeu o cheiro da mulher que ama.
Nunca mais.

Pode-se parar de trabalhar, está tarde.
Mas se vê umas pessoas reunidas,
Pode esperar muito tempo.
Ótima oportunidade de se melhorar.
Não se perde nada com dignidade, a menos isso.

São tempos estranhos.
Noite e dia são um mesmo lugar
Mas quando chega a hora de ir embora,
Parece que dentro e fora fazem um círculo louco.
Quase não agüento, e um dia, terei de falar.

É terrível a miséria do homem.
Ele quer, mas não pode. Ele não sabe bem o que quer.
Quando há o confronto, ele comete seu pior erro: pensa:

sábado, 9 de junho de 2007

procurando, procurando, procurando...e vou ali aonde me chama a comida. Ah, sim...o sempre amigo, o recorte. Vamos ao que interessa: ei, não falem tão alto! Assim é quase impossível eu começar a falar alguma coisa, que seja. E aí eu dou algumas voltas, e sinto o vento, e o toco. procurando, procurando...talvez esteja lá no tablado, na poeira do esquecido. do teatro. procurando um verdadeiro momento de vida. um pequeno momento, assim. de vida. e a ação precisa do conflito. Existem pólos, existem mil explicações da razão, mas que eu me permita também as aventuras, a vida é curta, já dizia o velho. Diga isso enquanto é jovem! Entre naquele lugar e seja a essência do seu ser. Não traga seu ser social. Ele pensava. Era difícil tentar pensar em "ser social, não trazer o ser social". Era tudo o que ele tinha, pensava. Ele não sabia que existia o que não está disponível às palavras. O mistério da vida, o indizível, olha eu mais uma vez. ele pensa que consegue, às vezes, dissociar o ele do eu. Deixa. Vamos ao que interessa. procurando, procurando, procurando. Era como tirar o paletá, a gravata. Ficar nu, no meio da rua, nu no meio dos homens, como talvez dissesse Nelson Rodrigues. Merda. Citei. E o vento trouxe também o cheiro. O cheiro bom, e não era o cheiro de que falávamos quando passamos pelo alto amarelo. Era o cheiro bom, sabe. Confusão. Melhor não pensar, muitas vezes. Muitas vezes não pensar é melhor. procurar o momento de verdade. a mágica.
A paixão, a coisa toda, o sol indo às quatro. Momentos de verdade, alguém tem?

sábado, 2 de junho de 2007

Uma gota que cai. Blupt. Foi-se.
Vai de encontro com as hereditariedades. As civilizações.
Pequenezas de um reduzido homem. Coragem, ora, coragem!
Besteira, falar coisas como essas que eu digo. Motivo, tenho milhares.
Posso começar e não terminar por que não há fim. Pede-se apenas paciência.
Há pessoas morrendo no oriente. Algumas pessoas ficam chocadas.
Vem cá, senhorita. Pode beber a minha água, a minha última. Bebe.
Eu vou buscar. Não precisa usar armas e atirar no meu estômago vazio e trêmulo.
Eu já estou morto, não precisa me enterrar. Mais uma vez, mentira!
Desconcertante, às vezes, eu ou qualquer outro pode irritar o próximo.
E sai correndo de um nada, assim pro outro lugar em um minuto.
Logo pensa. Pensa. Não sei o que acontece depois, mas quem sabe eu volto em breve.
Contarei, talvez.
Falando sobre mim: me sinto bem agora, mesmo com tantas informações. O mundo racional toca nos meus sentidos, e o meu corpo quase voa. Isso é de outro tipo de coisa, sensações, e experiências que são indizíveis.
Instrumento para um fim. Um meio. Atravessa o deserto e sem beber água, chega.


Teve miss universo, e achei a japonesinha bonita. Mereceu.
A brasileira mereceu o segundo lugar. Ah, perdão, fui desligar a televisão e talvez procurar um som pra escutar. Mais um minuto. Certo. Bitches Brew, do Miles. Sei que está certo, mas o word não aceita. Traça uma linha rasgada debaixo das supostas palavras erradas que. O segundo volume, estou escutando. Estou com coriza e pigarro.
Estou gripado. Acho que sábado não é dia próprio para um milagre. Eles, os milagres, são surpreendentes. Se são, como sabemos? Joguinho ruim o do Brasil. (Pensei no P, confesso, retardado). Em um sentido, que fique claro, em um sentido de loucura controlada? Não. É bom, eu não sei dizer bem, mas é ótimo. Saber a hora, saber a hora. Quem disse isso?